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Lewis Hamilton usa capacete com bandeira LGBTQIA+ no GP do Catar

Lewis Hamilton acabou na quarta posição do primeiro treino livre do GP do Catar, mas o heptacampeão mundial foi quem mais chamou a atenção nesta sexta-feira na Fórmula 1. Depois de ter pedido escrutínio contra violações dos direitos humanos no Catar, o piloto da Mercedes usou um capacete com as cores da bandeira LGBTQIA+ em uma mensagem de apoio à diversidade. Ele volta ao circuito de Losail ainda nesta sexta, às 11h (de Brasília), para o segundo treino livre.

O capacete foi projetado pelo designer brasileiro Raí Caldato, que já fez “a cabeça” de Hamilton em outras ocasiões. Ele utilizou a variação da bandeira do arco-íris de Daniel Quasar, artista não-binário que ressalta a representatividade de pessoas trans e pessoas negras no movimento LGBTQIA+.

Em vez da tradicional frase antirracista “Still We Rise” (ainda nos erguemos), inspirada na poetisa Maya Angelou, o heptacampeão optou por estampar no capacete a frase “We Stand Together” (estaremos juntos).

Lewis Hamilton com bandeira LGBTQIA+ no capacete no GP do Catar — Foto: Reprodução/Twitter

Lewis Hamilton com bandeira LGBTQIA+ no capacete no GP do Catar — Foto: Reprodução/Twitter

“Conforme as competições esportivas vão para esses locais, elas têm o dever de colocar em foco esses problemas. Esses lugares precisam de escrutínio. Direitos iguais são uma questão séria”, afirmou o piloto antes do treino.

– Sei que esses países estão tentando melhorar nessas questões e que não pode mudar do dia para a noite – concluiu Hamilton.

Lewis Hamilton com bandeira LGBTQIA+ no capacete no GP do Catar — Foto: Reprodução/Twitter

Lewis Hamilton com bandeira LGBTQIA+ no capacete no GP do Catar — Foto: Reprodução/Twitter

Sir Lewis é tradicionalmente ativo para falar sobre pautas de igualdade social, racismo, direitos humanos e meio ambiente, usando sua enorme plataforma para lutar por essas pautas. Em entrevista à “BBC”, Stefano Domenicali, diretor-executivo da Fórmula 1, afirmou que ter a modalidade em países como o Catar pode ajudar a gerar mudanças.

O Catar tem contrato com a F1, a partir de 2023, com duração de 10 anos, um dos acordos mais lucrativos que a modalidade tem em vigor. A Anistia Internacional qualifica a situação dos direitos humanos no país como “extremamente problemática”. Sede da Copa do Mundo de 2022, o Catar sofre com denúncias de exploração de trabalho escravo na construção dos estádios. Além de outras tantas sobre censura. O país é liderado pelo emir Tamim bin Hamad Al Thani desde 2013, quando sucedeu o próprio pai. A família Al Thani está no poder desde 1847.

O Losail International Circuit, sede do GP do Catar, durante o dia, sem a iluminação artificial — Foto: Divulgação

O Losail International Circuit, sede do GP do Catar, durante o dia, sem a iluminação artificial — Foto: Divulgação

O Grande Prêmio do Catar acontece neste domingo e pode ser decisivo na disputa pelo título mundial de pilotos. Max Verstappen lidera com 332,5 pontos, 14 a mais que Lewis Hamilton (318,5). Uma vitória do holandês colocaria, no mínimo, uma vantagem de 21 pontos sobre o rival com duas etapas apenas restando.

Infos e horários do GP do Catar da F1 — Foto: Infoesporte

Infos e horários do GP do Catar da F1 — Foto: Infoesporte

(Com informações do ge).

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