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Lewbastian em 2021? Mercedes e a chance de montar dupla campeã

Voando Baixo — Rio de Janeiro

Lewbastian em 2021? Mercedes e a chance de montar dupla campeã

Charles Coates/Getty Images

Shippar. Um dos termos mais famosos e usados na era das mídias sociais na internet. Shippar consiste em torcer pelo relacionamento de alguém, normalmente personagens de filmes, seriados, desenhos animados, histórias em quadrinhos, mangás e etc. Para fazer isso, é só juntar os nomes dos dois escolhidos e pronto: ship feito. Exatamente como eu fiz o título deste post. Acho que, inclusive, é o que todo fã de Fórmula 1 quer ver na Mercedes em 2021: Lewbastian. Ou seja, Lewis Hamilton, hexacampeão e que pode ser hepta em 2020, e Sebastian Vettel, tetra e que vai sair da Ferrari no fim deste ano.

Lewis Hamilton e Sebastian Vettel após o treino classificatório do GP do Canadá de 2019 — Foto: Will Taylor-Medhurst/Getty Images

Lewis Hamilton e Sebastian Vettel após o treino classificatório do GP do Canadá de 2019 — Foto: Will Taylor-Medhurst/Getty Images

Brincadeiras – e referências – à parte, é uma possibilidade difícil mas que realmente pode acontecer. Vale lembrar que os contratos dos dois pilotos da Mercedes se encerram no fim de 2020. As tratativas para a continuação do contrato de Hamilton já estão em andamento. Melhor piloto da Fórmula 1 atual, o inglês queria um belo de um aumento – mas a crise econômica causada pela pandemia da Covid-19 pode atrapalhar os planos dele. Ainda assim, não o vejo fora da equipe alemã. A segunda vaga que é a questão: duvido muito que a Mercedes renove com Valtteri Bottas. É verdade que o finlandês já deu muitas provas de que pode ser um bom coadjuvante. Mas é muito pouco para as flechas de prata.

E nesta equação entra Sebastian Vettel. Alemão como a Mercedes. Dois anos e meio mais novo que Hamilton. E, mais importante, sem contrato. Não é difícil imaginar que, neste ponto da carreira do tetracampeão, ele aceite um contrato menor em relação ao que tinha na Ferrari, tendo a perspectiva de correr pela melhor equipe dos últimos anos, com boas chances de vencer corridas e lutar por títulos. Fora o fator marketing: um alemão em uma equipe alemã. Prato feito para a montadora colher frutos no mercado interno e também no internacional. A meu ver, seria a única chance de Vettel permanecer na Fórmula 1. Não o vejo na vaga aberta por Daniel Ricciardo, de saída para a McLaren, na Renault.

Hamilton e Vettel bateram rodas no GP do Canadá do ano passado, em disputa polêmica — Foto: Reprodução/F1.com

Hamilton e Vettel bateram rodas no GP do Canadá do ano passado, em disputa polêmica — Foto: Reprodução/F1.com

É verdade que Vettel e Hamilton se estranharam no passado – lembram daquele GP do Azerbaijão de 2017, quando o alemão bateu rodas com o inglês em um safety car? Mas nos últimos anos, os dois estão se dando bem. Na conquista de Hamilton em 2018, o alemão fez questão de cumprimentar o rival após a corrida, na antessala do pódio, e depois ainda visitou os boxes da Mercedes para parabenizar os engenheiros e Toto Wolff, chefe da equipe. Atitude madura de Vettel e, sobretudo, recheada de fair play. Esse tipo de postura me faz acreditar em uma dupla Hamilton-Vettel na equipe alemã. Tem chances de dar atrito? Claro que sim. Mas não existe também ninguém melhor para controlar isso do que Wolff, uma verdadeira raposa nos bastidores da Fórmula 1 atual.

Por outro lado, a Mercedes tem uma experiência recente e traumática: os anos em que Lewis Hamilton e Nico Rosberg dividiram a equipe, principalmente nas temporadas de 2015 e 2016. Nestes dois anos, eles se estranharam muito nos bastidores, culminando com toques e acidentes na pista. Não foram campeonatos leves – e a aposentadoria de Rosberg após ser campeão mostra isso. Só que não dá para desistir de boas ideias apenas por problemas do passado. Em alguns momentos, você precisa ser ousado. A oportunidade é muito boa para deixar passar. Ter Hamilton e Vettel na mesma equipe? É claro que vale a aposta.

Vettel e Hamilton trocaram capacetes após o GP de Abu Dhabi de 2018 — Foto: Reprodução/Twitter

Vettel e Hamilton trocaram capacetes após o GP de Abu Dhabi de 2018 — Foto: Reprodução/Twitter

Cenário ideal descrito (e defendido acima), vamos à situação mais real. Se a Mercedes optar por ter uma abordagem mais conservadora para a dupla de 2021, é claro que Bottas estará lá. Mas, como já disse, duvido que a equipe alemã renove o contrato do finlandês. Para mim, quem tem mais chances de pegar essa segunda vaga é o inglês George Russell, atualmente na Williams e membro do programa de jovens pilotos das flechas de prata. Tido como um dos jovens com mais talento na F1, Russell está amargando um período na pouco competitiva Williams. Trazê-lo para a equipe seria uma espécie de recompensa, além, é claro, de valorizar a formação de pilotos do time alemão.

Os cenários estão aí colocados. Mas para o fã de Fórmula 1 não tem como torcer contra a formação dessa dupla. Quem não gostaria de ver Lewis Hamilton e Sebastian Vettel disputando freadas e curvas em igualdade de condições, com o mesmo carro na Mercedes, melhor equipe da F1 desde 2014? Seria um grande atrativo também para o campeonato. Por isso, torço para que Lewbastian dê certo.

Sebastian Vettel e Lewis Hamilton comemoram no pódio do GP da Europa de 2010, em Valência — Foto: Getty Images

Sebastian Vettel e Lewis Hamilton comemoram no pódio do GP da Europa de 2010, em Valência — Foto: Getty Images

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