O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve protocolar a partir desta segunda-feira no Supremo Tribunal Federal (STF), pedido de abertura de mais de 80 inquéritos contra deputados, senadores e ministros citados nas delações da Odebrecht como beneficiários do esquema de propinas da empreiteira. Ele também deve pedir a retirada do sigilo da maior parte das delações e uma série de diligências relacionadas à Operação Lava-Jato.
Caberá ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo, decidir se autoriza os pedidos de Janot. Fachin, no entanto, não tem prazo determinado para avaliar os documentos. O movimento da Procuradoria-Geral da República (PGR) junto ao STF começou na semana passada, quando Janot impetrou quatro pedidos de medidas cautelares que pode ter relação com a Lava-Jato e as delações da Odebrecht.
As petições da PGR devem ser autuadas (colocadas em processo) pela Seção Judiciária do Supremo. Dado o grande volume, apenas esse trabalho de catalogação deve levar de dois a três dias para ser concluído. Só então os documentos serão encaminhados ao gabinete do ministro.
