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FVS-AM alerta sobre a Progressão da Epidemia de Covid-19 no Interior do Amazonas

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) publicou, nessa terça-feira (19/05), a edição nº 8 do Boletim da Situação Epidemiológica de Covid-19 e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A análise compreende o período de 13 de março, quando houve o primeiro caso confirmado da doença no Amazonas, até 17 de maio.

Nesta edição do boletim, a evolução temporal dos casos mostra que a epidemia pelo novo coronavírus continua em progressão. No entanto, há diferenças no número de notificações de casos na capital em relação ao interior. Enquanto, observa-se, a desaceleração do número de casos na capital, o número de notificações aumenta a cada dia nos municípios do interior do estado. Nas últimas semanas, houve o aumento da proporção de casos nos municípios do interior do estado. Do total de casos confirmados no Amazonas, 47,7% (9.380/19.677) são de residentes do interior.

Conforme o boletim, atualmente, há casos confirmados de Covid-19 em 60 (96,7%) municípios do Amazonas. Santo Antônio do Içá (1.833 casos/100 mil hab.) e Amaturá (1.456 casos/100 mil hab.) são os municípios com maiores taxas de incidência da doença no estado. No Amazonas, a taxa de incidência média de Covid-19 é de 475 casos por 100 mil habitantes, quatro vezes superior à taxa média nacional que é de 144,7 casos por 100 mil habitantes. Por áreas regionais, as maiores incidências são nas regiões do Rio Juruá e Alto Solimões, com 775 e 692 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.

Ainda segundo o boletim, em Manaus, foram confirmados 10.297 casos de Covid-19, distribuídos nos 63 bairros da cidade. Os primeiros casos confirmados da doença são de residentes de bairros da zona oeste da capital. Nas semanas seguintes, observou-se a dispersão da doença para os bairros próximos chegando nos bairros populosos da zona norte em março.

O perfil epidemiológico dos óbitos por Covid-19 no estado aponta um tempo médio de 10 dias entre o início dos sintomas e a morte pela doença. No entanto, 5% dos óbitos foram registrados nas primeiras 48 horas a partir do início dos sintomas. A taxa de letalidade no estado, isto é, a proporção entre casos confirmados e óbitos, é de 8,1%. Os sinais e sintomas mais frequentes entre os casos graves foram febre (92,3%), tosse (91,6%), desconforto respiratório (83,5%) e dificuldade em respirar (83,1%).

Dados de SRAG – A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), provocada também por outros vírus respiratórios dentre estes os da Influenza A e B, Vírus Sincicial Respiratório (VRS), Adenovírus, Parainfluenza, pode gerar quadros graves com complicações clínicas e internações hospitalares e geralmente circula no Amazonas, também no período chuvoso.

Em 2020, até o dia 17 de maio, foram notificados 6.151 casos que atendem à definição de SRAG, um aumento de 313% em comparação com os registros do mesmo período de 2019, quando foram notificados 1.488 casos. Em relação aos óbitos por SRAG, foram registrados no período 2.313 óbitos. Enquanto que, em 2019, ocorreram 121, o que representa um aumento de 1.812%.

Considerando a distribuição dos casos notificados de SRAG por faixa etária, em 2020, os adultos entre 40 e 59 anos e idosos (com 60 anos ou mais) foram as faixas mais afetadas e que apresentaram maior variação, com aumento de 2.422% e 2.969%, respectivamente.

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