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Fluminense goleia o Macaé e Roger define atuação do time, como compatível com placar elástico

“Placar compatível com a atuação”. Assim o técnico Roger Machado analisou a vitória do Fluminense por 4 a 0 sobre o Macaé, na noite desta terça-feira, no estádio Raulino de Oliveira, pela 8ª rodada da Taça Guanabara. Para o técnico, a equipe, além dos gols, conseguiu impedir as investidas de ataque do time adversário:

– Salientei para os atletas no intervalo ou, melhor, no final do jogo, mais do que resultado foi o que nós produzimos. Não só do ponto de vista ofensivo, mas pelo todo a gente ter feito uma partida segura. Mesmo quando o adversário teve a bola, a gente conseguiu impedir que pudesse gerar consequência no nossos sistema defensivo. Eu acho que o placar foi compatível com a atuação. Foi construído em dois tempos distintos: no primeiro tempo foi um placar mínimo e no segundo a gente conseguiu um 3 a 0.

Roger Machado voltou a vencer no comando do Fluminense — Foto: Lucas Merçon / Fluminense FC

Roger Machado voltou a vencer no comando do Fluminense — Foto: Lucas Merçon / Fluminense FC

Questionado sobre Kayky, escalado pela primeira vez como titular e que marcou também seu primeiro gol como profissional, Roger disse que gostou do que viu e que o jovem de apenas 17 anos “aproveitou bem a oportunidade”:

– A ideia que a gente tinha era proporcionar um jogador que dentro do campo, jogando aberto, tem a vitória pessoal, o um contra um forte, é insinuante nos dribles, mas que também quando está dentro do bloco, atrás das linhas, consegue articular, correr com a bola em espaços onde tem muito congestionamento, e achar soluções por vezes com defesas fechadas. Acho que ele aproveitou bem a oportunidade – elogiou o treinador, citando que os garotos passaram à frente de outros na fila:

– Hoje salientei para alguns atletas no final, especialmente o Caio (Paulista), por sua postura. Eu o preteri pelos meninos, dizendo que precisava vê-los jogando para que pudesse nos ajudar no decorrer do ano. Que bom ver os meninos podendo jogar e contribuindo para uma vitória importante.

Veja outros trechos da coletiva:

Amadurecer time x testar jovens?

– São duas vias: amadurecer o time para a Libertadores sem deixar de valorizar o Estadual. Não gostaria de ter como o campeonato (Carioca) como laboratório de forma pejorativa. É uma oportunidade que temos de ver atletas em campo em jogos mais pesados, atletas mais jovens que podem nos ajudar. Quando houver oportunidade e o jogo permitir, não tenha dúvida que eu vou querer utilizá-los. Mas também tem a segunda via, que é amadurecer o time, encaixando as peças para as finais do campeonato e a Libertadores que se avizinha.

Importância de Fred

– O Fred é um jogador que dispensa comentários. Os quase 400 gols são o cartão de visitas do Fred. Sempre vou formatar meu times com características para alimentar o centroavante, mas não só de cruzamentos laterais. Entendo que um jogador completo, como o Fred é, tem condição de fazer gols como esse. Com infiltração, pequenas diagonais curtas para gol, para finalizar também perto do goleiro. Ele vive uma grande fase. Tenho certeza que a experiência dele vai ser muito grande para nos ajudar o ano inteiro, principalmente na Libertadores.

Ausência de Michel Araújo e Miguel

– São as opções para esse jogo. O Miguel ainda não teve oportunidade comigo no banco. Ele vem treinando diariamente, fez jogos no início quando o Ailton ainda estava fazendo a transição com os meninos. Ele teve um problema, se recuperou e está trabalhando. Quando o treinador entender que o atleta deva fazer parte de um banco, não tenha dúvida que vou querer observá-lo em campo. Em relação ao Michel, é a mesma questão. Para mim, no dia de hoje, era importante eu ter outras opções por perto e usá-las.

Ganso mais avançado

– Sempre busco esse posicionamento para o meu atleta que joga logo abaixo do camisa 9. Não é um meia articulador, é um meia-atacante. Hoje, Ganso entrou como um meia-atacante. Isso significa que, por vezes, quando Ganso ou Nenê não estiverem articulando a jogada, eles precisam estar perto da área. É para que eles possam concluir quando a jogada for articulada por outro jogador.

– Teve um jogo no estadual que usei o Ganso como “falso 9” pelas alternativas que tinha no momento. Mas foi, sobretudo, para a voltar a despertar nele o desejo de estar perto da área e poder fazer o que ele fez hoje, balançar as redes. As características dessa função demandam, na minha opinião, uma postura um pouco diferente desse jogador que atua com a 10. É muito mais um meia-atacante do que articulador. Sempre que possível, vou desejar usá-lo assim: ora articulando, ora dentro da área.

Desenvolvimento físico do elenco

– Quando você tenta contextualizar depois de um mau resultado ou início de temporada, pode soar como desculpa de derrota. Fomos o time que mais utilizou jogadores. Tive quatro dias e um contexto completamente distinto do que a gente está acostumado, preparando um time para disputar a Pré-Libertadores, que não aconteceu pelo título do Palmeiras (na Copa do Brasil). Esses jogadores depois ganharam dez dias de recesso. Enquanto isso, dois jogos foram feitos pelo sub-23, três com um misto do sub-23 e alguns que não tiveram esse descanso. Na verdade, esse é o terceiro jogo com o elenco que terminou o ano no Brasileiro.

– Foram dez dias de recesso e dez de treino. É natural que, no começo, se sinta um pouco da parte física. Especialmente hoje, não vi essa baixa demanda física dos jogadores, em especial dos mais velhos. É natural que, quando haja problema em campo (como erro técnico ou lentidão), isso possa ser interpretado como questão física. Fisicamente, não há nada. Há o ritmo da retomada de um ano que a gente sequer sabe se acabou. Todos nós vamos ter que aprender a lidar com o impacto disso na temporada. Falava isso para os atletas e a comissão: esses dez dias de recesso são mais importantes para o emocional do que para o físico.

(Com informaçoes do GE).

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