Diretoria tem feito reuniões técnicas e trabalha com previsão de manter atividades dos jogadores em casa até o dia 10. Clube se posiciona contra retorno em momento crítico da pandemia no Rio
Por Felipe Siqueira, Paula Carvalho e Thiago Lima — Rio de Janeiro
O Fluminense seguirá com seus treinamentos em casa na semana que vem. O prazo do confinamento estipulado para os jogadores se encerra no próximo domingo, último dia de maio, mas em conversa com lideranças do elenco o clube resolveu ainda não voltar às atividades presenciais na primeira semana de junho. A diretoria decidiu prorrogar a programação pela pandemia do coronavírus mesmo com a autorização da prefeitura para reabrirem os centros de treinamento no Rio de Janeiro.
O presidente Mário Bittencourt já se posicionou contrário ao retorno do futebol em meio ao momento crítico da pandemia no Rio. Nesta quinta-feira, foi o terceiro dia seguido com mais de 200 mortes causadas pelo vírus no estado, que acumula mais de 44 mil casos e quase cinco mil óbitos no total. A diretoria tem feito reuniões técnicas nos últimos dias e trabalha com a previsão de prorrogar os treinos de casa até o dia 10. A tendência é que um posicionamento oficial seja dado durante a sexta-feira.
Hudson durante um treino em sua casa na quarentena — Foto: Divulgação / Instagram
Na última terça-feira, alguns jogadores realizaram uma bateria de exames fisiológicos em uma clínica no Humaitá, Zona Sul do Rio, mas não foram testados para coronavírus. O procedimento já estava programado, e os testes físicos realizados são habituais em todo início de pré-temporada ou após longo período de inatividade. O Fluminense não mudou a sua programação em função do movimento da Ferj para retomar o Campeonato Carioca na segunda quinzena de junho.
Apesar da liberação do prefeito Marcelo Crivella para o retorno das atividades e do arbitral da Ferj para a retomada do Carioca, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) enviou carta notificando todos os médicos dos clubes da Primeira Divisão do Estadual. O órgão ameaçou abrir um processo interno e cassar o registro de médicos que continuarem permitindo treinos presenciais com o atual quadro da pandemia no Estado.