Entidades representativas das pessoas que vivem com o vírus HIV e AIDS, no Amazonas, ingressaram com ação no Ministério Público Federal (MPF-AM) contra o fracionamento do medicamento conhecido como “três em um”, utilizado no tratamento desses pacientes.
O fornecimento fracionado ou até mesmo a falta do medicamento pode prejudicar o estado de saúde dos pacientes em tratamento, afirma Marinês Maciel, coordenadora do Fórum Permanente em Defesa da Saúde do Amazonas.
De acordo com Marinês, os pacientes do Interior do Estado são os mais prejudicados pelo fracionamento. Ao invés de vir a Manaus pegar a medicação a cada três meses, eles estão sendo obrigado a vir a cada 10 ou 15 dias.
Os medicamentos para tratamento dos pacientes com HIV e Aids são fornecidos pelo Ministério da Saúde e distribuídos, em Manaus, na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado.
Os atrasos e o conseqüente fracionamento da medicação começaram no início deste ano.
De acordo com informações da Coordenação Estadual de DST/AIDs e Hepatites Virais, o fracionamento da medicação ocorre em todo o País, ocasionado pelo fato de o Ministério da Saúde não ter enviado a quantidade suficiente dos medicamentos.
No Amazonas cerca de 10 mil pessoas vivem com o vírus HIV e AIDS.