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Fabricantes de bicicletas do PIM geraram 1,1 mil empregos diretos e 3,5 mil indiretos em 2019. Os de motocicletas empregaram 12,1 mil pessoas, afirma Abraciclo.

Balanço da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), datado de junho de 2019, mostra que as fabricantes de bicicletas do Polo Industrial de Manaus (PIM) geraram 1,1 mil empregos diretos e 3,5 mil indiretos. Já as de motocicletas empregaram 12,1 mil pessoas.

A informação, divulgada nesta quinta-feira (23), diz ainda que a produção prevista para este ano em todo o país é de 1.175.000 motocicletas, o que representa aumento de 6,1% ante 2019, quando foram licenciadas 1.107.758 unidades.

A Abraciclo, que representa 98% das fabricantes desse tipo de veículo, estima, porém, queda de 27,5% nas exportações, com as vendas passando de 38.614 para 28 mil unidades. O índice é melhor do que o registrado na comparação de 2018 com 2019, de – 45,3%.

Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, o que explica a diminuição nas exportações é o cenário “de deterioração” da economia de países que já se consolidaram como consumidores das motocicletas brasileiras, com destaque para a Argentina. Diante das circunstâncias que enfrenta atualmente, a Argentina registrou no fim do ano passado redução de 60% no volume de motocicletas importadas do Brasil. Já as remessas para os Estados Unidos, segundo maior mercado, tiveram expansão de 25,5%. O Brasil ocupa a oitava posição no ranking mundial de produtores.

A Abraciclo informou também que o segmento espera aumento de 5,8% no varejo de motocicletas. O percentual se aproxima do estimado para o atacado, que é de 5,7%. Os indicadores ficam bem abaixo das marcas de 2019, que foram, respectivamente, de 14,6% e 13,2%.

“A maior parte da produção [de 2019] realmente foi para mercado interno”, afirmou Fermanian. A frota nacional de motocicletas totaliza 28 milhões de unidades.

Fermanian disse que os níveis atingidos no ano passado “encorajam a ter uma visão mais otimista para 2020”, mas ressaltou que não se pode garantir que a realidade corresponda aos prognósticos de desempenho. “A gente não tem um cenário, uma expectativa de, por exemplo, quanto o país vai crescer, quais serão as reformas implantadas. Tudo isso ainda nos remete a um cenário de certa incerteza”, afirmou. “Pelo menos, um patamar de 6% de crescimento já é bastante significativo.”

Bicicletas

Em entrevista coletiva, a Abraciclo apresentou também informações sobre a produção e o consumo de bicicletas. Para esse nicho, a projeção é de que as montadoras fabriquem 987 mil unidades neste ano. No ano passado, saíram das esteiras 919.924 unidades.

A expectativa, portanto, é de incremento de 28%, na comparação de um ano com o outro. A taxa supera a variação gerada de 2018 para 2019, que foi de 18,9%.

No ano passado, as bicicletas do modelo mountain bike predominaram nas montadoras (47,5%). Em segundo lugar, vieram as urbanas e de lazer, que representaram 36,7% do total. Em seguida, aparecem as infantojuvenis, com uma parcela de 14,%.

Segundo o presidente da Abraciclo, a tendência é que as bicicletas elétricas caiam, cada vez mais, o gosto do consumidor, de forma que, até o fim deste ano, o total de unidades salte dos 2.958 registrados em 2019 para 11 mil. Se assim ocorrer, o aumento será de 271,9%.

Assim como ocorre com as fábricas de motocicletas, as montadoras de bicicletas ainda se concentram mais fortemente na Região Sudeste do país.

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