O papel histórico atribuído ao ex-ministro da fazenda do governo militar e ex-senador – o economista Roberto Campos – na criação da Zona Franca de Manaus (ZFM) não é verdadeiro.
A opinião é do ex-secretário da Fazenda do Amazonas e ex-superintendente da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), Thomaz Nogueira, em artigo publicado no Facebook, e reafirmado nesta sexta-feira (12/06), em entrevista à Rede Tiradentes.
A crítica foi direcionada ao prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), que pretende homenagear Roberto Campos batizando uma obra do sistema viário da cidade, a ser inaugurada no próximo dia 28 de junho, com o nome do falecido ex-ministro.
Para Nogueira, Roberto Campos “foi um brasileiro brilhante, inteligentíssimo, mas eu contesto o aspecto que ele tenha tido um papel fundamental na criação da ZFM.” Segundo Thomaz, um depoimento de um amigo de Campos a que ele teve acesso mostra claramente o posicionamento do ex-ministro.
“A história mostra que Roberto Campos assinou a contragosto – há registros sobre isso – mas, depois, quando ele viu o sucesso do Projeto na Constituinte, ele efetivamente votou a favor da prorrogação da ZFM. Ele votou a favor, mas apenas aceitou a iniciativa.”, afirma.
Perguntado sobre outros nomes, o ex-secretário preferiu não arriscar sugestões, mas afirmou: Poderia ser algo mais local, mais relevante para a sociedade amazonense. Há uma série de nomes com maior conexão e relevância no desenvolvimento do Amazonas ou em qualquer outra área.”, garantiu.
Aposentado do serviço público, Thomaz Nogueira afirma que apenas tem acompanhado atentamente a o debate sobre a reforma tributária e vem se dedicando a projetos pessoais.
