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Em entrevista à Rede Tiradentes, empresário Belmiro Vianez cobra gestores de Manaus, do Amazonas e da Suframa por soluções para os problemas da Zona Franca de Manaus

O empresário Belmiro Vianez Filho disse hoje que a solução do problema da Segurança Pública na capital do Amazonas passa pela implementação da geração de empregos na Zona Franca de Manaus (ZFM).

Filho e herdeiro intelectual de Belmiro Vianez, um dos empresários de maior sucesso no Amazonas no auge da zona ZFM, “Belmirinho”, como é mais conhecido em Manaus, também herdou o tino comercial e empresarial do pai, já falecido, se transformou em empresário de sucesso, primeiramente o ramos de produtos importados, migrando, depois, para outros ramos da economia.

Nesta quarta-feira (15), em entrevista A Ronaldo Tiradentes, Bemirinho Vianez falou sobre o modelo Zona Franca, disse o que pensa sobre os gestores públicos e sobre o empresariado local, política, empregos na ZFM e sobre as mudanças que sonha para que o modelo volte a ter a importância que teve no passado para a geração de emprego e renda na capital do maior Estado do país, para Manaus, o Brasil e o mundo.

O empresário manifestou preocupação com o discurso do modelo de economia liberal do presidente Jair Bolsonaro e disse que a ZFM vem acumulando graves problemas na atual gestão, como a insegurança jurídica, que causa desemprego no Estado.

“Temos muito problemas na economia e isso tem assustado empresários e empreendedores, tanto do comércio quanto da indústria e isso nos assusta. Agora mesmo, esse tema da redução do IPI, isso nos assusta, mobiliza a sociedade. É um enorme esforço e energia que a gente gasta em busca da solução. O problema é que estamos vivendo isso quase que rotineiramente. A cada instante, a gente a gente se assusta com uma nova notícia sobre a redução de competitividade e vantagens comparativas e isso nos assusta e à toda sociedade, porque, desse projeto, nós dependemos emprego, renda e qualidade de vida.”

Vianez manifestou desconfiança e preocupação com o discurso do governo federal na área econômica. “No setor industrial, a gente percebe um certo temor, uma certa tensão sobre o futuro com esse discurso do liberalismo, da redução das vantagens da Zona Franca. No setor comercial, agente nem fala, porque estamos abandonados à própria sorte! Não existe nenhuma política objetiva voltada para o setor comercial que é um setor que emprega bastante, que instantaneamente transfere emprego e renda.”

O empresário alertou sobre a destruição do modelo Zona Franca e exortou a classe política e os responsáveis pela gestão dos projetos sobre a necessidade . “O projeto Zona Franca vem derretendo ao longo do tempo e nós estamos assistindo isso passivamente. Claro que, com o esforço de poucos políticos do Estado, que lutam pela manutenção dessas vantagens, se expõem, mas é preciso muito mais! É preciso gestão, discutir isso com os os agentes e a gente percebe um isolamento absoluto dos gestores que tratam desse modelo – Suframa, Governo do Estado. Nós precisamos discutir isso abertamente para encontrar caminhos alternativos que deixem de ter esses solavancos, tensões. O político, coitado, vive sendo um ’despachante’ desse modelo, quando nós, na verdade, teríamos que prepara e pavimentar esse modelo de forma mais sólida e mais concreta.”, alerta.

Lembrado pelo jornalista Ronaldo Tiradentes que teve de se reinventar como empresário por causa das mudanças na economia e na política, Belmiro Vianez disse que isso é uma necessidade do empresário a cada ciclo e aproveitou para fazer uma nova crítica à logística e aos gestores da capital e do Estado, que dificulta a vida da ZFM e de toda a sociedade amazonense. “A cada

“As empresas estão abandonadas, há uma carga tributária pesadíssima, no nosso Estado maior do que em qualquer outro lugar. O custo de empreender aqui nessa terra é muito maior do que em qualquer outro lugar brasileiro em razão da logística e eu não percebo um nenhum esforço de gestão, dos gestores ou da comunidade para superar isso. O custo da logística é cada vez mais importante, cada vez mais danoso para a pata de preços dos empresários e do cidadão daqui.”

Falando sobre o último balanço do setor industrial de 2019, Vianez lembrou que o Amazonas teve uma queda brutal do emprego e que isso tem reflexos preocupantes na segurança pública. “A ZFM foi criada para espalhar bem-estar, qualidade de vida, emprego. Pelo balanço, o emprego do setor industrial encolheu quase 10% o número de empregos. Isso significa quase 8 mil famílias abandonadas ou fora da malha de trabalho, com quatro pessoas por família, são32 mil pessoas da população. Isto é que nos amedronta, porque o reflexo disso é a insegurança pública. Não existe aparato policial não existe governo ou política que supere isso. A política de segurança começa na Secretaria de Planejamento não na repressão! Começa em planeja um Estado e uma cidade, onde se atenda as demandas da sociedade!”

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