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“Em dezembro de 81” vira mantra das viradas, e Gabigol diz: “Quem sabe a gente não consegue mudar ela um pouquinho para 2019?”

Por Cahê Mota e Janir Jr.

Gabigol comemora com a torcida após o jogo contra o Al Hilal — Foto: ReproduçãoGabigol comemora com a torcida após o jogo contra o Al Hilal — Foto: Reprodução

Gabigol comemora com a torcida após o jogo contra o Al Hilal — Foto: Reprodução

O hit que pede o mundo de novo e embala e marca a campanha do Flamengo em 2019 ganhou ares de mantra em momentos adversos. Foi assim na final da Libertadores, na histórica virada sobre o River Plate. E o script se repetiu na vitória por 3 a 1 sobre o Al-Hilal em Doha.

No primeiro tempo da estreia do Flamengo no Mundial, com os torcedores espalhados pelo estádio, muitos espaçados, os cantos não engrenavam. No intervalo da partida, porém, diante da pouca rigidez da organização com a divisão de setores, a torcida Urubuzada, localizada atrás do gol para onde o time atacaria na etapa final, convocou os rubro-negros a se unirem aos gritos de ‘vem, vem, vem’. Pedido feito, aceito e o coro ganhou força.

O hino do clube e ‘vamos virar, Mengo’ estavam no repertório. Mas era preciso lembrar de dezembro de 81 e pedir o mundo de novo. E foi essa a música que a torcida cantava justamente nos momentos dos três gols da vitória sobre o Al-Hilal, dando ares quase místicos ao cântico. Sendo que ao marcar o terceiro o cronômetro marcava…81 minutos de jogo.

Cahê Mota

@cahemota

Falei no jogo que os três gols saíram quando a torcida cantava exatamente a música “Em dezembro de 81..”. Vejam o vídeo!

No primeiro tempo, com os torcedores espalhados, praticamente só se ouvia “vai pra cima deles”

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Questionado sobre o fato de a música ter embalado o time nos exatos momentos dos gols nas viradas em Lima e Doha, Gabigol pensa numa possível nova versão.

– É muito linda (a música). Eles cantam ela há muito tempo, quem sabe a gente não consegue mudar ela um pouquinho para 2019? (risos)…Mas é muito linda, assim como os jogadores que puderam jogar aqui no clube, eu estou marcado para o resto da vida. Acho que a gente se inspira muito nos torcedores, eles também comparecem ao CT, dão força, a gente vê mensagens. Isso é muito importante. O Flamengo é uma nação e acho que todo mundo junto traz força de onde não tem.

Janir Hollanda Jr

@junior_janir

“Em dezembro de 81” também marcou a virada do Flamengo sobre o River Plate na final da Libertadores

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O atacante completou:

– É o momento máximo de um clube. Acho que o Flamengo está mostrando mais uma vez sua marca para o mundo inteiro. Acho que é uma final linda, seja contra quem for. É um momento único na vida de um jogador e do flamenguista, que faz tempo que não disputa um Mundial.

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Diante do River Plate na final da Libertadores, pouco depois dos 30 minutos do segundo tempo, com a desvantagem no placar, aos poucos torcedores se levantaram um a um e começaram a encorpar o coro de “Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe, mengo/Pra cima deles, Flamengo”. E foi assim até a virada, cantada a plenos pulmões e que empurrou o time para o título com dois gols de Gabigol.

A música inspirada em “Primeiros Erros”, (de Kiko Zambianchi) é de 2011, criada por Eric Barceleiro, foi lançada pela torcida rubro-negra Nação 12.

Pelas ruas de Doha não tem sido diferente do que acontece pelo Brasil. Em todo canto e a todo momento é possível ouvir a letra de “Em dezembro de 81”, com brasileiros ensinando árabes, indianos e pessoas de diversas nacionalidades a arranharem o refrão.

Janir Hollanda Jr

@junior_janir

E os rubro-negros pedem o mundo de novo em Doha na véspera da estreia do Flamengo no Mundial

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O goleiro Diego Alves exaltou a torcida rubro-negra presente em Doha.

– É uma motivação especial. Fico feliz por eles apoiarem a gente aqui num lugar tão longe e difícil de vir. Fizeram um esforço. E agora vamos presentear eles com o título, se Deus quiser.

Mas se Deus ficar em dúvida na final do Mundial no próximo sábado, a torcida rubro-negra sabe: sua canção terá de ser, mais do que nunca, uma forma de oração.

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