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Em ano de aprendizado, Pedrinho revela: “Estou satisfeito”

Por Marcelo Braga — Fortaleza

A dois jogos do término do Brasileirão, Pedrinho vai chegando ao fim de sua terceira temporada como jogador profissional do Corinthians com uma sensação positiva. Muito embora nesta quarta-feira, em jogo contra o Ceará, em Fortaleza, o jovem ainda seja dúvida, após incômodo na panturrilha.

Apesar de 2019 ter sido um ano de apenas uma conquista, a do Campeonato Paulista, o meia de 21 anos se consolidou como titular e um dos protagonistas do Corinthians, aumentando suas estatísticas individuais, e passou a vestir a camisa 10 da seleção brasileira sub-23.

Em Fortaleza para o jogo contra o Ceará, quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), no Castelão, o ainda jovem jogador fez um balanço de sua temporada:

– Foi um ano de muito aprendizado e evolução. Foi bem melhor do que os outros. Espero crescer cada vez mais. Nunca estou satisfeito. Poderia ter sido um ano melhor, com mais coisas boas, mas agradeço a Deus. Evoluí em números e espero que em 2020 eu consiga evoluir cada vez mais – destacou.

Pedrinho em treinamento no Corinthians — Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. CorinthiansPedrinho em treinamento no Corinthians — Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

Pedrinho em treinamento no Corinthians — Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

Das 137 partidas que tem pelo Corinthians, Pedrinho disputou 60 neste ano. Dos 12 gols marcados, fez sete em 2019. Deu ainda oito assistências para gols de seus companheiros.

A torcida, porém, ainda espera mais protagonismo em alguns jogos, algo que o jogador quer assumir cada vez mais. E em uma função da qual gosta: como meia, posição em que Fábio Carille não costumava utilizá-lo, argumentando que o atleta não havia atuado assim na base.

– Não entendia as declarações dele sobre isso – diz Pedrinho na entrevista abaixo.

Confira abaixo a entrevista com o camisa 38 do Timão:

GloboEsporte.com: Você está bem do ombro? Depois de machucar contra o Avaí, você caiu em cima do mesmo ombro num lance contra o Atlético-MG…

Pedrinho: É uma dor que venho tendo no ombro esquerdo desde o início do ano, estava sentindo esse incômodo, no final do jogo levei uma pancada (contra o Atlético-MG), mas com fisioterapia vai diminuindo essa dor. Eu estava com a dor depois do jogo do Santos, tratei, mas bati o mesmo local (contra o Avaí) e doeu bastante, voltou a dor. Mas estou tratando todos os dias para ficar zerado.

O que acha que você mudou em seu jogo nesta temporada?

– Criei mais resistência, atuei o maior número de tempo possível, tive confiança para estar jogando. Me deram bastante liberdade para atuar, fiz muitas triangulações com o Fagner, acho que evoluí em muitas coisas, aprendi o momento certo de driblar e tocar. Crescendo mais nestes quesitos, mais gols sairão.

Pedrinho em viagem pelo Corinthians — Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. CorinthiansPedrinho em viagem pelo Corinthians — Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

Pedrinho em viagem pelo Corinthians — Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

Você está mais feliz jogando no meio com Coelho?

– Independentemente de jogar no meio ou na ponta, sempre fico feliz de atuar com a camisa do Corinthians. É onde eu queria jogar, onde desejava, mas não estava triste de ponta. Muitas vezes no jogo o Coelho me coloca na ponta, e eu não acho ruim.

Há críticas em relação à sua atuação como meia. Ainda precisa se readaptar?

– Realmente, tenho que estar sempre evoluindo. Venho de altos e baixos pela sequência de jogos. Fazia dois ou três anos que eu não jogava no meio, o último foi antes da Copinha (no fim de 2016). Fazia muito tempo que eu não jogava ali. Na seleção brasileira sub-23, jogo de uma forma diferente. Aqui jogo mais centralizado, lá jogo mais aberto, mais na meia-esquerda, mas Coelho me dá total liberdade para eu me movimentar o campo inteiro. Isso me ajuda bastante. É entrosar, me readaptar para dar frutos.

Fábio Carille dizia que nunca tinha te visto jogar no meio na base. Nunca falou com ele sobre isso?

– É, para falar a verdade nunca cheguei a conversar com ele sobre isso. Quando eu via, não entendia o motivo de ele falar isso. O único campeonato que joguei de ponta na base foi a Copa São Paulo (de 2017), o resto eu sempre joguei de meia, ele até me comparava com o Fabrício Oya e Matheus Pereira, mas muitas vezes eu fui reserva deles. Não entendia as declarações dele sobre isso, mas tenho certeza que onde eu atuar vou dar o meu melhor.

Talvez a iniciativa de André Jardine (técnico da Seleção sub-23) de te colocar como meia tenha mudado o rumo da sua carreira em 2019. Você foi bem lá e, agora, voltou a jogar nesta função…

– Jardine é um grande treinador, muito inteligente. Antes do Torneio de Toulon me chamou para conversar, disse que tinha ouvido histórias que eu também jogava pelo meio e que ia testar. Na primeira semana ele me testou e falou: “É, cara, suas características são todas de meia. Então aqui, independentemente de como você joga no clube, vou te usar de meia para me ajudar ainda mais”.

É bom vestir a camisa 10 da seleção brasileira?

– É sempre um sonho ser o camisa 10, não é para qualquer um, trabalho cada dia mais para evoluir e para poder continuar, ter mais convocações, espero seguir na lista da seleção brasileira.

Recentemente você fez um treino de cobranças de falta diretas para o gol, mas você não é uma opção de cobrador nos jogos. O que te falta?

– Ainda estou desenvolvendo. A gente não é completo, tenho muito a evoluir, principalmente em cobranças de falta, por isso venho treinando, mas no momento certo vou começar a bater. Quando eu achar que evoluí bastante, vou arriscar. Falta muita gente acha que é fácil, mas tem que ter dom ou muito treinamento. Venho treinando para na hora certa ajudar.

Foi buscar informações sobre Tiago Nunes?

– Conversei um pouco com o Bruno Guimarães, que falou que ele é um grande treinador, que vai agregar muito ao Corinthians e que com certeza ia ajudar os jogadores. Ele disse que será bom para o clube.

Seu nome é sempre envolvido em possíveis negociações. Está sem pressa de ir para a Europa?

– Sem pressa, sempre falei, estou num dos melhores clubes do Brasil. Independentemente de vier proposta ou não, estou muito feliz aqui. Se eu permanecer, serei um dos caras mais felizes do mundo por jogar numa das maiores equipes do Brasil.

(Com informações do Globoesporte).

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