Curiosidades

Elefante-marinho Fred fura boia e causa prejuízo de R$ 12 mil

Proprietário faz ‘vaquinha’ na internet para recuperar valor.
Instituto montou cartilha para orientar a população em relação ao bicho.

Fred entre boia (Foto: Vitor Barbosa/ Foto Leitor A Gazeta)

Boia furada após mordidas de ‘Fred’ (Foto: Vitor Barbosa/ Foto Leitor A Gazeta)

O elefante-marinho Fred, que está “hospedado” na Praia do Ribeiro, em Vila Velha, no Espírito Santo, mordeu e furou uma boia Banana Boat que estava estacionada no local. Ao todo foram 18 furos. O caso aconteceu na terça-feira (16).

Entendendo a situação inusitada como um acidente, já que o elefante-marinho é um animal selvagem, o proprietário iniciou uma “vaquinha” na internet para recuperar o investimento de R$ 12 mil.

“O Fred foi até bonzinho com a gente de ter feito isso depois do carnaval, perderíamos muito trabalho”, brincou Luciano Moraes Silva.

O dono do material trabalha há cinco anos com o brinquedo e disse que está sem trabalhar por conta do acontecido. “Eu trabalho só nos finais de semana com a banana. Até colei os furos, mas não tem condição de submeter a população a esse risco”, conta.

O proprietário também alerta sobre a aproximação do animal. “É bom que as pessoas tenham consciência de que ele pode provocar acidentes. Imagina se um pescador sai do barco e ele faz o que fez com a banana”, adverte.

De acordo com o médico veterinário que atua no Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram), Luis Felipe Mayorga, o animal também sofre agressões. “Tem gente que joga pedra, pau. Aconteceu muito no carnaval, porque tinha muita gente alcoolizada se aproximando do bicho, mas agora está mais tranquilo”, afirma.

Mayorga ainda salienta que a Praia do Ribeiro, onde Fred descansa no momento, não é adequada para a estadia do animal. “Ali prejudica os pescadores, o que gera um clima ruim, além de ser perto do calçadão e não ter uma faixa de areia muito grande. Fora a quantidade de vidro e vergalhão, nos quais o animal pode se machucar involuntariamente”, explica.

Cartilha de conduta
O animal, que é reconhecido por suas cicatrizes, tem vindo ao Espírito Santo desde 2012 e no ano de 2014 o Ipram começou a monitorá-lo. Em Vila Velha, a estadia ocorreu duas vezes em 2014 e duas vezes em 2015.

De acordo com o instituto, “em 2016, surpreendentemente o animal não tem ido embora e não há previsão de quando irá”, desta forma, os profissionais que atuam pelo Ipram lançaram uma cartilha com boas práticas para se aproximar e conviver com a visita do animal.

Veja as orientações:
– Manter a distancia; não se aproximar com animais domésticos e crianças.
– Não jogar coisas para ele comer, porque além de o animal não comer, ele pode se irritar.
– Não ligar som perto do animal.
– Não realizar atividades aquáticas (stand up, jet ski, surf, mergulho) próximo ao animal.
– E muito importante: quando encontrá-lo, não chamar todos os seus amigos para ver o animal, formando multidões, prejudicando o repouso e aumentando as chances de acontecer um incidente.

Proprietário mostra o furos feitos pelo elefante marinho  (Foto: Vitor Barbosa/ Foto Leitor A Gazeta)
Proprietário mostra o furos feitos pelo elefante-marinho (Foto: Vitor Barbosa/ Foto Leitor A Gazeta)

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