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“Desafio mais importante da minha vida”, afirma Douglas Costa após ser apresentado como jogador do Grêmio

Douglas Costa foi apresentado oficialmente como jogador do Grêmio na manhã desta quarta-feira, no CT Luiz Carvalho. Ao lado do presidente Romildo Bolzan Júnior e do vice de futebol Marcos Herrmann, ele posou com a camisa 10 para algumas fotos e depois participou de uma entrevista coletiva.

O atacante de 30 anos seguiu na linha de suas primeiras declarações logo após o anúncio de seu retorno após 11 anos, na última sexta. Reforçou o amor ao clube, disse que “sempre o carregou consigo” e decretou o momento como o mais importante da vida.

– Pontuo como o desafio mais importante da minha vida, voltar para o clube que me lançou como jogador de futebol. É o Grêmio. Eu quis voltar para devolver algo enquanto tivesse forças. E acredito que estou numa idade boa para ajudar meus companheiros. É meu clube do coração, minha família é gremista, vive aqui. É o melhor presente que poderia dar ao Grêmio – destacou.

Voltar e poder competir, essas são minhas metas a partir de agora para o presente e futuro.
— Douglas Costa
Douglas Costa apresentado oficialmente como jogador do Grêmio — Foto: Lucas Uebel/DVG/Grêmio

Douglas Costa apresentado oficialmente como jogador do Grêmio — Foto: Lucas Uebel/DVG/Grêmio

Douglas treinou pela primeira vez na tarde de terça, mas ainda não colocou um prazo para reestrear com a camisa tricolor. Em fevereiro, teve uma lesão no pé pelo Bayern. De lá para cá, não mais jogou. Segundo ele, o momento é de retomar o ritmo e debater com o departamento médico os próximos passos.

– Tive uma lesão no metatarso e depois disso voltei a treinar no Bayern. Vamos alinhar com o estafe agora e colocando aos poucos no treino para, quando nos sentirmos a vontade, eu voltar ao campo. Não tem prazo – afirmou.

Confira mais assuntos da entrevista:

Volta com 30 anos

“Hoje eu te digo por que é o Grêmio. É o time que eu quis voltar para devolver algo enquanto tivesse força. Me encontro com uma idade boa pra ajudar meus companheiros. Minha família vive aqui, fui ensinado a ser jogador de futebol e acho que é o maior presente que posso dar ao Grêmio.”

Quando amadureceu a ideia?

“O Grêmio sempre teve a vontade de me ter e eu sempre quis volta. O Grêmio foi subindo sempre de patamar. A gente conseguiu alinhar isso de maneira positiva e acredito que foi bom para todos. Estou feliz de estar aqui em um momento especial da minha carreira.”

Qual a sensação?

“É uma sensação diferente, porque eu passei 12 anos fora e tive diversos títulos. Mas se tratando de Grêmio, não consegui ter grandes títulos. Voltar e poder competir, essas são minhas metas a partir de agora para o presente e futuro.”

Físico e estreia

“Tive uma lesão no metatarso e depois disso voltei a treinar no Bayern. Vamos alinhar com o estafe agora e colocando aos poucos no treino para, quando nos sentirmos à vontade, eu voltar ao campo. Não tem prazo.”

Douglas Costa chora ao visitar a Arena e veste o uniforme do Grêmio

Douglas Costa chora ao visitar a Arena e veste o uniforme do Grêmio

Grêmio é candidato ao título brasileiro?

“Claro que uma contratação desse nível agrega ao Grêmio, mas temos tempo para se conhecer e toda rapazeada agregar minha entrada. Não existe favoritismo no futebol e, sim, jogado no campo. Com o tempo, vamos buscando nosso espaço, que é no topo, mas não existe favoritismo no futebol.”

Relação com formação no clube e choro

“Quando comecei no Grêmio, tinha 12 anos. Tudo era sonho. Retornar na tua casa e as portas estarem escancaradas é algo que, para mim, era surreal. Vê que o clube de coração é maior ainda. Passa um filme na cabeça, de pegar ônibus, trensurb. Ver isso e que a família correu contigo é emocionante. É a realização de um sonho, senão o mais importante.

Volta para a Seleção

“Claro, já começamos o treinamento especial para conseguir estar dentro de campo. Como foi no passado, o Grêmio me ajudou a me tornar o jogar que eu sou e hoje vai me ajudar a retomar meus objetivos, que é a seleção brasileira.”

Do que abriu mão para voltar?

“Não fico mensurando perdas. Acredito que aqui vou ganhar muito. Como estamos traçando os objetivos, retornar à seleção, ganhar títulos com o Grêmio, que antes eu não consegui. Quando se trata de amor à camisa, aqui só vesti uma no Brasil e vou terminar assim no futebol. Sempre foi de minha vontade. Minha família inteira é gremista, meus filhos ajudaram muito. Não estou abrindo mão, estou conseguindo ter a criação dos meus filhos. O resto, tudo fica para trás, o que vivi na Europa. Agora é focar no Grêmio e chegar no ápice da forma física. Porque sei que vou render muito ao Grêmio, e o Grêmio vai me ajudar também.”

Douglas Costa fala sobre seu retorno ao Grêmio e revela papo com Geromel

Douglas Costa fala sobre seu retorno ao Grêmio e revela papo com Geromel

Patamar do Grêmio

“O futebol brasileiro é competitivo, não só com a minha chegada. O Grêmio sempre esteve no topo, acho que agora vai se manter no topo. Ontem (terça-feira) tive o primeiro contato com o pessoal e têm muitos guris de qualidade, Jean Pyerre, Ferreira, Gui (Azevedo). Rapazeada que tem um futuro absurdo e promissor e no qual eu posso ajudar e desenvolver ainda mais. Minha chegada agrega com todos. Acho que sou espelho para alguém e vou ajudar eles a melhorar ainda mais e crescer no decorrer desses anos.”

No que pode ajudar?

“Acho que onde eu posso ajudar é na intensidade, na troca de ritmo e claro que essas escolas me ajudaram tática e defensivamente. Mas agora é alinhar com o Tiago (Nunes, técnico), porque ele é comandante, se entrosar o mais rápido possível.”

Sentimento da torcida

“Eu vejo como um filho, irmão, mas eu já fui muito parte dessa torcida. Já fiquei na arquibancada do Olímpico assistindo aos títulos. Poder transmitir isso dentro de campo e fazer parte do projeto, para mim, é gratificante.”

Conexão com a base

“Essa conexão foi criada desde quando eu cheguei pela primeira vez. Sempre que podia, a gente organizava uma palestra para eu dar na base, e eu via o quanto eles estavam contentes em me ver como espelho, que eu fazia o mesmo que eles e me viam agora num patamar absurdo. Eles verem que também podem chegar onde cheguei, é um exemplo a ser seguido não só para os profissionais, mas também para a base.”

(Com informações do ge).

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