O deputado federal Marcelo Ramos (PSC), disse, nesta terça-feira (28) em Manaus que não vai ficar discutindo com quem foi simplesmente nomeado e não tem voto.
Ramos se referia uma manifestação do superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), coronel Alfredo Menezes, a quem acusa de beneficiar uma empresa de um amigo dele num contrato considerado suspeito com a autarquia, no valor de R$ 3 milhões. Segundo o parlamentar, a empresa do amigo de Menezes, foi contratada para obras sem licitação com adesão ilegal à Ata De Registro de Preços para serviços de manutenção.
Em entrevista à Rede Tiradentes, Marcelo Ramos afirmou que o superintendente, que é compadre e amigo pessoal do presidente Jair Bolsonaro, “não gosta de ser cobrado” e acusou a Menezes de improbidade administrativa.
“Vou tratar o assunto na polícia!”, afirmou, “que é onde se deve tratar com quem pratica esse tipo de crime.”
O parlamentar afirma que já pediu as providências cabíveis e que o assunto seja investigado.
Sobre a candidatura à presidência da Câmara, Ramos disse que tem o apelo de alguns colegas, mas a coisa não depende só dele e que a eleição só acontece em fevereiro do ano que vem. Disse, porém, que conta com a simpatia do atual presidente, Rodrigo Maia e do partido dele.
Marcelo Ramos descartou uma provável candidatura a prefeito, e afirmou que tem uma missão com o povo brasileiro e que vai continuar com o trabalho de servir ao país e ao Amazonas.
“Por isso, não pretendo me meter numa disputa política por cargos.”
Sobre o assunto relacionado à Suframa, a autarquia divulgou a seguinte Nota. Confira:
Nota à sociedade
Nesta segunda-feira, 27 de janeiro, o deputado federal Marcelo Ramos publicou em sua conta pessoal no Twitter, a seguinte mensagem:
“Suframa faz obras sem licitação com adesão ilegal à Ata De Registro de Preços para serviços de manutenção com Construtora de amigo do Superintendente. A contratação é escandalosa e já estou levando a denúncia ao MPF, CGU, TCU e PF”.
Em resposta à postagem do parlamentar, ainda que não tenha recebido qualquer demanda oficial, a Suframa sente o dever de esclarecer à sociedade que, em respeito ao princípio da economicidade, contratou por meio de adesão à ata pública empresa para realizar a manutenção predial das sedes de suas coordenações regionais e escritórios das Áreas de Livre Comércio (ALCs) que encontravam-se – há pelo menos dez anos – sem qualquer manutenção.
A contratação da empresa se deu atendendo a uma recomendação feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), desde 2015, para substituir o contrato vigente que estipulava um valor mensal a ser pago independente da existência do serviço, gerando uma despesa sem sentido para a Autarquia federal.
A nova contratação gerou uma redução exponencial nas despesas fixas da Suframa e – a exemplo de todos os demais contratos da Autarquia – foi acompanhado de perto pela Procuradoria Federal, órgão da Advocacia-Geral da União (AGU) que tem sido grande parceiro na busca pelo uso racional dos recursos públicos na Superintendência da Zona Franca de Manaus.
Outrossim, a Suframa informa que está de portas abertas para esclarecer qualquer dúvida sobre sua atuação, com o mesmo zelo, seja ela vinda de nossos representantes parlamentares, dos órgãos de controle ou de qualquer cidadão ao qual servimos.