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Demian diz que “provavelmente” se aposenta na próxima luta e mira Cerrone ou Sanchez

Por Raphael Marinho e Zeca Azevedo — Brasília

Na semana do UFC Brasília, Demian Maia admitiu a possibilidade de esticar a carreira em caso de vitória contra Gilbert Durinho. Quinto colocado do ranking, o atleta de 42 anos ainda almejava ter sua terceira chance de disputar o cinturão do Ultimate. No sábado, porém, o faixa-preta de jiu-jítsu foi nocauteado pelo rival e, após o confronto, disse na coletiva de imprensa que seu próximo compromisso provavelmente será o último no MMA.

Demian Maia acena e se mostra com bons espíritos mesmo após derrota no UFC Brasília — Foto: Raphael MarinhoDemian Maia acena e se mostra com bons espíritos mesmo após derrota no UFC Brasília — Foto: Raphael Marinho

Demian Maia acena e se mostra com bons espíritos mesmo após derrota no UFC Brasília — Foto: Raphael Marinho

– Provável que sim (que só faça mais uma luta). Eu me sinto muito bem, hoje estava me sentindo muito bem, uma das lutas que me senti melhor na minha vida. Mas quanto mais você luta, mais aumenta a chance de ser pego com um golpe no lugar certo. Com uma luva de quatro onças não tem o que fazer. Pegou aquele golpe que não vi. Foi um knockdown clássico, ele teve presença de espírito boa de começar a bater para o juiz interromper, mas só quem luta que pode se colocar nessa situação. Uma hora acontece. São quase 40 lutas, só tinha acontecido uma vez, há mais de 10 anos. Hoje infelizmente aconteceu de novo – afirmou.

Para sua última luta de MMA da carreira, Demian Maia apontou em dois alvos: Diego Sanchez e Donald Cerrone.

– Tem duas lutas: uma é o Diego Sanchez. A gente vem falando faz tempo, tem uma história, ele me pediu essa luta. Me mandou mensagem uma vez. Faz uns três anos que a gente fala dessa luta, eu quero, ele quer, mas eles não põem. Gostaria que fosse minha última luta. Outra é o próprio Cerrone, porque é um cara que está com uma vitória a mais que eu, acho que teria um apelo de mídia – explicou, acrescentando onde gostaria de se despedir.

– Acho que no Brasil. Não precisa ser em São Paulo, mas no Brasil estaria bom. Se fosse o Diego, poderia lutar em São Paulo (UFC 250, dia 9 de maio). Em novembro, lutaria com certeza (com qualquer um). Em maio, agora, se me dessem o Diego, acho que eu lutaria sim.

Sobre a derrota para Durinho, Demian elogiou o poder de nocaute do compatriota e acha que a confiança que ganhou por estar superior no round até o momento do golpe pode ter tirado sua concentração.

– Foi um golpe que me pegou ali. Mérito dele. Até então estava ganhando o round, consegui botar umas mãos em pé e no jiu-jítsu consegui chegar nas posições que eu queria, ele se defendendo bem. Entrei numa posição, ele saiu, consegui chegar de novo nas costas, ele foi se defendendo, saiu, voltou em pé. Não consegui fazer o domínio perfeito que faço da posição, mas sabia que chegaria lá de novo. Era questão de tempo para chegar com mais consistência, mas nesse meio tempo ele conseguiu me pegar com o cruzado. Eu estava muito à vontade, ganhando o round, talvez isso me traiu um pouco. Botei o jab muito lá dentro, e ele me pegou no tempo certinho. Até tive a impressão de que caí consciente, mas difícil julgar o juiz porque está ali para te proteger. Ele é muito explosivo, pega até mais do que imaginava, entrou no tempo perfeito. Dei o jab e ele cruzou por cima – concluiu.

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