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Cuca satisfeito, mercado escasso e confiança na base: Atlético-MG esfria busca por reforços de defesa

O Atlético-MG entrou no mercado da bola no começo da temporada 2021 visando reforços para a defesa. Um zagueiro e um volante eram apontados como carências “prioritárias” na Cidade do Galo. O clube buscou um lateral-esquerdo (Dodô), um meia (Nacho Fernández) e um atacante (Hulk). Acabou não contratando, até aqui, zagueiros ou meias marcadores. E o que era prioridade pode nem acontecer nesta janela de transferências.

Três fatores fizeram o Atlético esfriar a busca por defensores. Não significa que reforços para a zaga e a “volância” estão descartados, mas que não há, hoje, nenhuma negociação avançada com algum jogador de uma dessas duas funções. O ge explica os motivos que fizeram o Atlético “pisar no freio”.

Cuca satisfeito

O treinador chegou e deixou claro, em entrevista coletiva, que precisava de um tempo para avaliar o elenco e, só a partir daí, poderia (ou não) solicitar reforços. Por enquanto, o treinador tem gostado do que tem visto nos treinamentos. Na conversa entre comissão e diretoria, o tom não é, neste momento, de cobrança por novos jogadores. Pelo contrário.

– Na questão de zagueiros, das discussões que tivemos com o Cuca, ele manifestou, até o presente momento, uma tranquilidade em relação aos nomes e às opções que tem. (…) Ele está muito tranquilo em relação a isso (necessidade de reforços). Ele entende que é outro momento. Por isso mesmo (ele fala): na dúvida, não vamos trazer. Vamos ter bem a questão pontual. Estou satisfeito – disse Rodrigo Caetano em entrevista ao canal do Breno Galante.

Cuca durante treino na Cidade do Galo — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

Cuca durante treino na Cidade do Galo — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

Mercado escasso

Na avaliação da diretoria, o Atlético tem um elenco muito forte. O clube entende que, neste momento, só faz sentido ir ao mercado se for para buscar um reforço tecnicamente superior às opções do grupo que já treina na Cidade do Galo. E não é fácil achar esse jogador – tanto na zaga, quanto no meio-campo defensivo. É o que explica Rodrigo Caetano.

– No que diz respeito especificamente ao setor defensivo, a gente sabe que o mercado também não é muito pródigo. Não é tão simples encontrar peças. Se for pra trazer jogadores que não temos total convicção, não traremos. Não vamos trazer por trazer, pra atender um anseio ou uma crítica. Eu trabalho de forma diferente e vou sempre ter muita cautela e cuidado – disse.

Zagueiro Gabriel, de contrato renovado com o Atlético-MG — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

Zagueiro Gabriel, de contrato renovado com o Atlético-MG — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

– Depois que o jogador vem e não confirma, o trabalho é dobrado. (…) A gente vai trabalhar com cautela, mas a gente não está parado, não. A gente tem reuniões semanais entre comissão técnica e diretoria pra identificar possibilidades. E aí, como eu disse, quando tiver certeza, a gente vai atacar, pra ser o mais assertivo possível – concluiu.

Confiança na base

Bons valores formados no clube também ajudam a explicar a tranquilidade com que o Atlético trabalha, neste momento, no mercado. Falando sobre zagueiros, o clube tem, além da confiança nos cinco do grupo profissional (Alonso, Réver, Igor Rabello, Gabriel e Bueno), muita esperança em dois jovens: Hiago Ribeiro e Micael, que, na avaliação interna, darão conta do recado em caso de necessidade.

Hiago, zagueiro do Atlético — Foto: Divulgação / Atlético-MG

Hiago, zagueiro do Atlético — Foto: Divulgação / Atlético-MG

No meio-campo, há muita confiança e expectativa em Neto, volante (que também atua como lateral-direito) de 18 anos, com passagens por seleções de base e que, nos últimos meses, evoluiu muito fisicamente e tem agradado nos treinos.

– Vejo nele (Neto) um perfil muito interessante pra função. Tem bom passe, muita força. Acho que os zagueiros também podem ser muito bem trabalhados, temos bons laterais também. No ataque, da mesma forma. (…) Temos que olhar para nossa base também como possibilidade de solução. Só o que está fora e só a grama do vizinho que tem valor? Temos necessidade que esses meninos joguem, eles têm identificação com o clube, e eles também precisam gerar receita, senão o processo se inviabiliza.

Neto durante treino na Cidade do Galo — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

Neto durante treino na Cidade do Galo — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

A necessidade de fazer dinheiro com jovens atletas é um detalhe importantíssimo nessa compreensão. A confiança no elenco, aliada à importância de que os garotos joguem, faz com que o Atlético, neste momento, olhe para o mercado com atenção, mas sem desespero.

– Mesmo com essa ansiedade, que eu compreendo e estou acostumado com isso, se for buscar alguém, vai ser muito pontual mesmo, daqui pra frente. Muito pontual mesmo. Um ou outro reforço, se nós entendermos que é do nível pra mais que nós temos. Se não (for), a gente não vê essa necessidade, porque vou estar cometendo outro erro, que é quantificar um elenco e bloquear o surgimento de jogadores formados na base – concluiu Rodrigo Caetano.

(Com informações do GE).

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