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Coreia do Norte ameaça atacar e EUA começam a posicionar sistema de defesa antimíssil

(Imagem de arquivo do lançamento do sistema Defesa Aérea Terminal de Alta Altitude (THAAD, na sigla em inglês) (Foto: Reuters/Defesa dos EUA)

Na contínua escalada das ameaças e demonstrações de força entre Estados Unidos e Coreia do Norte, o governo de Kim Jong-un  declarou nesta terça-feira, em editorial do jornal local Rodong Sinmun, que está pronto para atacar alvos como Washington e Seul sem qualquer aviso prévio.
A ameaça é uma resposta de  Kim Jong-un ao envio do submarino nuclear americano USS Michigan para o litoral da Coreia do Sul, no mesmo da em que o país celebra o 85º aniversário da fundação de seu exército.

EUA começam a posicionar sistema de defesa antimíssil na Coreia do Sul

Os militares dos Estados Unidos começaram a transferir partes do sistema antimíssil THAAD para o sul da Coreia do Sul, que informou que a instalação estará completa para sua operação total em breve, segundo a agência Reuters.

“A Coreia do Sul e os Estados Unidos têm trabalhado para garantir uma capacidade operacional inicial do sistema THAAD em resposta ao avanço da ameaça nuclear e de mísseis da Coreia do Norte”, disse o ministério da Defesa sul-coreano em comunicado.

Washington e Pyongyang estão aumentando a pressão um contra o outro nas últimas semanas, com os Estados Unidos enviando um grupo de porta-aviões e submarino nuclear para a região e a Coreia do Norte tentando mais lançamentos de mísseis.

ENTENDA COMO FUNCIONA O SISTEMA THAAD

USS Michigan

Um submarino americano com mísseis guiados que foi enviado à Coreia do Sul chegou ao porto de Busan, sudeste do país, nesta terça-feira (25). Uma autoridade da Marinha da Coreia do Sul disse que o submarino fez uma parada de rotina para que a tripulação descanse e o veículo seja reabastecido. Ele não deve participar dos exercícios navais conjuntos entre EUA e Japão que ocorrem na região desde o último domingo.

A chegada do submarino coincide com o exercício com fogo real realizado na Coreia do Norte por ocasião do 85º aniversário da fundação de seu exército. Segundo fontes do governo da Coreia do Sul, citadas pela agência de notícias sul-coreana “Yonhap”, o líder norte-coreano Kim Jong-un teria testado artilharia de longo alcance.

Além do submarino, os EUA enviaram à península da Coreia o porta-aviões americano Carl Vinson, em resposta aos contínuos testes balísticos norte-coreanos.

A embarcação e sua frota de ataque se encontram atualmente realizando exercícios conjuntos estratégicos com tropas japonesas no Pacífico e planejam se aproximar da península da Coreia no final desta semana.

Coreia do Norte diz que pressão dos EUA ‘pode deflagrar uma guerra total’

Aniversário das Forças Armadas do país foi com testes de artilharia pesada e o submarino nuclear americano participa de exercício militar na Coreia do Sul.

Os Estados Unidos e a Coreia do Norte deram nesta terça-feira (25) demonstrações de força militar e elevaram um pouco mais a preocupação mundial com a possibilidade de um conflito.

Coreia do Norte faz exercício militar no aniversário do Exército

Na Coreia do Norte, o aniversário das Forças Armadas foi marcado por exercícios de artilharia pesada de longo alcance. Mais de 300 armas foram testadas. Se fossem apontadas em uma certa direção, poderiam atingir a capital sul-coreana, Seul, que fica a apenas 180 quilômetros dali e é a casa de dez milhões de pessoas.

Kim Jong-un já ordenou evacuação de Pyongyang

De acordo com relatos na imprensa russa, a Coreia do Norte estará a preparar-se para a guerra, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ordenou a evacuação imediata de 25% da população da capital do país, Pyongyang.

Segundo o jornal russo Pravda, a ordem do líder norte-coreano Kim Jong-un prevê que 600 mil pessoas, cerca de 25% da população de Pyongyang, sejam urgentemente evacuadas da cidade. A publicação destaca que a evacuação é conduzida no contexto da escalada de tensão nas relações com os Estados Unidos.

De acordo com a publicação russa, os abrigos anti-bombas de Pyongyang não têm capacidade de acolher toda a população da capital norte-coreana, pelo que as 600 mil pessoas — a maior parte dos quais indivíduos com antecedentes criminais — terão que deixar Pyongyang para permitir que os restante tenham acesso aos bunkers.

Citando a imprensa sul-coreana, o Pravda adianta que os norte-coreanos “começaram a despedir-se uns dos outros, dos seus locais de trabalho, das florestas e dos campos, do céu e dos rios, como se a nação se preparasse para uma guerra em larga-escala“.

Ao mesmo tempo, nota o jornal russo, foi “estritamente proibido mencionar os nomes de quaisquer líderes militares ou políticos do país em quaisquer palavras de despedida”.

O jornalista Jeremy Koh, correspondente do canal NewsAsia em Pyongyang, publicou no seu Twitter: “Disseram-nos para estarmos prontos para sair, mas não fazemos ideia da razão. Também os telemóveis foram proibidos”.

Única aliada da Coreia do Norte, a China pediu nesta terça-feira (25) ajuda para botar água nessa fervura.

O Ministério do Exterior enviou um emissário ao Japão para discutir com diplomatas da região como evitar um conflito armado que poria em risco a vida de milhões de coreanos dos dois lados da fronteira.

Os norte-coreanos foram menos diplomáticos. Numa mensagem lida na TV estatal, o Ministério das Relações Exteriores disse que “a pressão americana pode deflagrar uma guerra total”.

Trump pedirá autorização do Congresso para atacar

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump convocou todos os senadores para um encontro na Casa Branca nesta quarta-feira (26), para apresentar uma solução para a crise. Em caso de guerra, o presidente precisaria da autorização do Congresso para atacar. Mas, por enquanto, o governo diz que ainda prefere uma saída diplomática.

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