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Ceni se consolida como maior técnico da história do Fortaleza após título do Nordestão

Por Thaís Jorge — Fortaleza, CE

São 100 anos de história do Fortaleza. Em tanto tempo, muitos técnicos ajudaram a fortalecer o clube: Moésio Gomes, Luiz Carlos Cruz, Ferdinando Teixeira… Mas nenhum fez tanto quanto Rogério Ceni. Após o título inédito da Copa do Nordeste, Ceni é o maior técnico da história do clube, asseguro. Em 18 meses, trouxe para o Pici um título da Série B do Campeonato Brasileiro de 2018, inédito em se tratando de clubes cearenses, o estadual de 2019 em cima justamente do maior rival Ceará e, agora, o do Nordestão.

Fortaleza superou o Botafogo-PB com brilho do jogador Wellington Paulista — Foto: Thiago Gadelha / Diário do Nordeste Fortaleza superou o Botafogo-PB com brilho do jogador Wellington Paulista — Foto: Thiago Gadelha / Diário do Nordeste

Fortaleza superou o Botafogo-PB com brilho do jogador Wellington Paulista — Foto: Thiago Gadelha / Diário do Nordeste

É muito espinhoso, às vezes, apontar alguém como o maior. Porque há afetos incalculáveis no coração dos torcedores. Mas é avassaladora a caminhada de Ceni de novembro de 2017 até agora no Fortaleza. Chegou prestigiado após ser ídolo em campo pelo São Paulo e técnico de outro Tricolor, o paulista. Foi acolhido na capital cearense. Surpreendeu até mesmo os mais otimistas conquistando acesso à Série A do Brasileiro em 2018 e o título nacional, depois de perder o estadual e ser contestado pela torcida.

Vale pontuar: diretoria e técnico caminham de mãos dadas. Não fosse a firmeza do presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, a permanência após a perda do Cearense de 2018 poderia ser posta em xeque. Ceni tem posturas definitivas. Levou o time principal para treinar no CT de Ribamar Bezerra, deu pitaco na alimentação do elenco, brigou por uma preparação física ideal para os atletas, aprovou a reforma do Pici para um Centro de Excelência. Tudo sem largar o jogo de tênis na Beira Mar, onde alivia a rotina de treinos.

Em 2019, precisou montar praticamente um novo time. Venceu a batalha com Lisca nas decisões do estadual. Bancou jogadores como Romarinho e Wellington Paulista, com paciência, mesmo sem que esses balançassem as redes… Ceni foi para cima, escalando quatro atacantes em um esquema por vezes ousado. Sem o camisa 10 de tradição, superou as adversidades.

De contestado, Romarinho foi o autor do gol do Leão na semifinal do Nordestão, que garantiu a vaga nas finais. Wellington Paulista chegou a comentar em coletiva que a torcida o apoiava. Um dia, os gols iam chegar. Foram dois na Copa do Nordeste. Dois nas decisões, que deram o título ao Leão.

Vencedor como atleta, quase inesgotável à beira do gramado, Ceni caminha de um lado para o outro, gesticula, sua, orienta, reclama, comemora, faz história. Escreve o nome dele como maior técnico da longa história do Fortaleza. Agora, a missão é a de deixar o clube na Série A do Brasileiro em 2019. Por ora, vem fazendo a lição, o time é 14º, com sete pontos. E, com certeza, vem abastecido de confiança e alegria depois de mais um título inesquecível.

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