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Casos de HIV crescem entre jovens de 18 a 25 anos no Amazonas

Segundo Departamento de IST/Susam, eles desconhecem a doença e suas formas de proteção.

Nos anos 1980, ainda conhecida como a temível AIDS (do inglês SIDA – Síndrome da imunodeficiência Adquirida) se transformou no flagelo humano da década, sendo responsável por milhares de mortes em todos os continentes. Por fazer vítimas principalmente entre os homossexuais do sexo masculino, que se relacionavam indiscriminadamente com vários parceiros sem proteção, ou seja, a camisinha, a doença  também ficou conhecida como praga gay.

Não demorou para que a ciência confirmasse que a infecção afetava a todos – homens e mulheres – que, devido ao comportamento de risco, se relacionando indiscriminadamente sem proteção e consumindo drogas injetáveis, acabavam se tornando vítimas potenciais.

 Quatro décadas depois, o fantasma a AIDS volta a preocupar as autoridades da Saúde e assustar os jovens amazonenses.

Em 2019, devido ao aumento do número de casos no Amazonas, o Ministério da Saúde já havia alertado as autoridades da Saúde do Amazonas sobre a volta da epidemia no Estado.

Dados da Coordenação estadual de Infecções Sexualmente transmissíveis (IST/Aids) da Susam apontam que, nos primeiros cinco meses de 2020, foram diagnosticado 259 novos casos de HIV e 120 casos de Aids no Estado. Segundo a coordenadora estadual de IST/Aids da Susam, Vanessa Homobono, é preciso entender a diferença entre os dois diagnósticos.

“Uma pessoa com HIV não apresenta nenhuma alteração na sua rotina, na sua saúde. Ela tem HIV, teve diagnóstico e começou o tratamento. Não vai ter  problemas com com a infecção, de baixa imunológica, porque ela está sendo ratada com o medicamento. O paciente que apresenta a sintomatologia, o paciente com AIDS é aquele paciente que, por algum motivo, fez o diagnóstico muito tarde e já estava apresentando sintomas, por exemplo, porque teve uma infecção de tuberculose resistente, porque ele é uma pessoa vivendo com HIV, mas é imunidade baixa.”

De acordo com os números da Susam, a maior taxa de crescimento está nos jovens entre 18 a 25 anos que, pelos relatos, após serem diagnosticados, demonstram desconhecimento da doença, por boa parte deles também em relação ao métodos de proteção a doenças sexualmente transmissíveis.

“Pra eles, é algo assim normal, corriqueiro, é como se fosse uma virose comum. Então, eles não dão importância, então, na parte de prevenção, tem ser muito trabalhada a questão da educação.”

Ela detalha que toda pessoa pode fazer o exame, principalmente aqueles que pertencem ao grupo de risco ou tenha passado por acidentes que tenha sido exposto alguma situação, assim como violência sexual ou sexo sem proteção por esquecimento.

“Se, por algum motivo, acha que que entrou em comportamento de risco, se expôs acidentalmente, pode procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e realizar a testagem.”

Os testes rápidos oferecidos em drogarias não entram na estatística do estado, mas a coordenação orienta que se o exame apontar positivo é necessário que a pessoas procure uma ubs para realizar um exame mais detalhado e iniciar o tratamento.

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