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Candidata a presidir CPI da Espionagem, Vanessa defende debate sobre segurança, no trânsito de informações

Portal da CBN MANAUS

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Espionagem deve ser instalada após a volta do Congresso do recesso de meio de ano. A expectativa é da senadora pelo PC do B do Amazonas – Vanessa Grazzitin, responsável pela coleta de assinaturas para a instalação da CPI, após a denúncia do jornal ‘O Globo’, de que o Brasil também foi alvo do serviço secreto Norte Americano. Nesta quarta-feira (24), em entrevista ao CBN Manaus, Vanessa disse que nunca foi tão fácil coletar assinaturas, como no caso desse escândalo internacional, denunciado pelo ex-agente da Central Inteligence Agence (CIA), Eduard Snowden.

“Nunca consegui assinaturas tão rápido como essas, dessa CPI e, se tivesse demorado mais um pouco, não tenho dúvida de que teríamos coletado assinaturas de todos os senadores e ex-senadores.”

A senadora ressaltou a necessidade de uma investigação, devido à amplitude de interesses atingidos. “Há uma convergência, entre todos os parlamentares, da necessidade da instalação de uma investigação sobre o assunto, que é grave, atinge vários países do mundo, mas, de uma forma muito direta, o Brasil e atinge de todas as formas, envolvendo a população, nós, os cidadãos comuns que usam a Internet, e são bisbilhotados; atinge os interesses empresariais das indústrias brasileiras, e atinge o próprio país, enquanto Estado, enquanto Nação.”

Seguindo a uma praxe do Congresso, Vanessa acredita que assuma a presidência da CPI. “Se houver essa possibilidade – e tudo indica que haverá – eu deverei presidir  essa CPI.”,

De acordo com Vanessa, apesar da comissão ainda não ter sido instalada, já há uma lista de pessoas que devem ser ouvidas. “Já ouvimos quatro ministros. Estamos aguardando a vinda do embaixador americano, que eu acho que dificilmente virá, e devemos começar por aí, ouvindo técnicos. Acho que devemos ouvir gente especializada, além, obviamente, de ouvir o Snowden. Ele presta, com as informações que tornou públicas, um grande serviço aos povos do mundo inteiro.”

A senadora defendeu a realização de um debate sobre a segurança do Estado Brasileiro em relação ao trânsito de informações.

“É uma grade oportunidade para travarmos um debate, aqui no Brasil, em relação à segurança do Estado brasileiro com relação ao trânsito dessas informações e, em segundo lugar, um debate que não é novo, mas muito importante, que se trava no campo mundial, que diz respeito à governança da internet, porque quem manda na internet, no mundo inteiro, e quem decide sobre a internet, é um único país: os Estados Unidos.”

Na semana passada, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Bidden, ligou para a presidente Dilma Rousseff, convidando uma missão brasileira para ouvir explicações do governo americano sobre o escândalo.

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