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Calendário de monitoramento da Hanseníase atingiu todos os municípios do Interior do Amazonas em 2017

Será nesta segunda-feira (18) e terça-feira (19/12), a última ação do ano da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), de supervisão e monitoramento das ações de combate à Hanseníase no interior do Amazonas. Por meio da Fundação Alfredo da Matta (Fuam),serão realizadas consultas e exames dermatológicos no município do Careiro da Várzea. Com mais essa ação, a Fundação, que é referência no combate à doença, encerra o ano de 2017 tendo chegado a todos os municípios do Amazonas, para monitorar e combater a Hanseníase.
Ao longo de 2017 foram 79 viagens realizadas pela Fuam aos municípios do interior. Durante as visitas, 2.554 profissionais foram treinados ou passaram por cursos de sensibilização. Foram realizados 9.329 atendimentos, sendo 6.718 exames dermatológicos e 2.611 consultas. Das pessoas atendidas, foram identificados 122 novos casos de Hanseníase, encaminhados de imediato para tratamento no município. Também foram examinados 527 contatos (pessoas que mantém relação íntima e prolongada com quem tem a doença), além de realizadas 310 avaliações de incapacidade física, quando um paciente passa por diagnóstico para verificação de possíveis sequelas da Hanseníase.
Para o Careiro da Várzea, a Fuam levará uma equipe multidisciplinar para realização de busca ativa de novos casos de Hanseníase. Nesta segunda-feira (18/12), as atividades serão realizadas na sede do município. Já na terça (19/12), a ação chega à Comunidade São Francisco. As consultas são abertas à comunidade e começam a partir das 8h.
Todos os municípios – A meta, alcançada em 2017, já vinha sendo planejada pela atual gestão da Fuam. Em 2014, as ações chegaram a 25 municípios; em 2015, a 40; e em 2016, a 53. A Hanseníase ainda é um problema de saúde pública no Brasil. O Estado do Amazonas, que já foi o primeiro no ranking dos estados brasileiros com maior coeficiente de detecção da Hanseníase, ocupa, hoje, a 16ª posição, com 11,2 casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes. O Estado, que até o ano de 2010 mantinha-se no parâmetro “muito alto” em detecção da Hanseníase – quando há de 20 a 40 casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes – encontra-se atualmente, como “Alto”, segundo o Ministério da Saúde – quando são identificados de 20 a 10 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, uma redução significativa.
Com a supervisão e monitoramento de todos os municípios do Estado, a Fuam espera traçar um panorama atual e bem real da situação da doença no Amazonas, com dados importantes para traçar o planejamento de combate à Hanseníase para os próximos anos. Segundo o diretor-presidente da instituição, Helder Cavalcante, espera-se manter a cobertura a 100% dos municípios também nos próximos anos, chegando às diversas localidades e cumprindo, assim, com o compromisso do Governo do Amazonas na área da saúde no Estado.
Neste contexto, as parcerias firmadas, disse ele, foram essenciais, destacando-se as secretarias municipais, que garantem apoio às ações, dando suporte local e condições para que as atividades sejam realizadas com sucesso. “Outro parceiro importante é a Marinha do Brasil, que viabiliza a presença de profissionais da Fuam em seus navios, compondo equipe de saúde que realiza missões em diversas localidades do interior. A Fundhans – Fundação para Controle da Hanseníase no Amazonas – apoia com recursos financeiros as viagens dos técnicos e, finalmente, os profissionais da Fuam que vencem as distâncias geográficas e se deslocam aos municípios, seja por estradas de terra, de água ou voando pelos céus da Amazônia”, ressaltou Cavalcante.
Fuam – A Fuam é responsável pela coordenação do Programa de Hanseníase no Estado do Amazonas, realizando diversas ações como o monitoramento de indicadores da Hanseníase, intensificação na busca ativa de novos casos, monitoramento dos casos de pacientes em tratamento ou já curados, realização de assessoria técnica aos municípios, treinamentos e capacitação de profissionais, promoção de cirurgias preventivas e reabilitadoras em pacientes de Hanseníase, avaliação do grau de incapacidade da doença em pacientes, realização de orientações educativas, campanhas e mutirões. Estar no município, vendo in loco a situação da Hanseníase, verificando os indicadores e sua correta notificação é mais efetivo e garante ferramentas para um melhor planejamento de ações de combate à doença.
A queda na taxa de detecção da doença no Amazonas deve-se a diferentes fatores, segundo Hélder Cavalcante, como a intensificação das ações de combate à Hanseníase, tanto na identificação de novos casos, como no tratamento, já que ao ser diagnosticado precocemente, o paciente tem maiores índices de cura e quebra-se a cadeia de transmissibilidade da doença. Propostas de trabalho como as realizadas pela Fuam nos municípios amazonenses, com a supervisão e o monitoramento da Hanseníase, também são decisivos para a melhoria do diagnóstico, controle e tratamento da doença, segundo ele, pois estar presente no município dá aos profissionais o suporte necessário para ter sucesso nas ações realizadas.

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