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Brasil garante bronze no Mundial de futebol de paralisados cerebrais e seis medalhas de bronze nas Surdolimpíadas

A seleção de futebol de paralisados cerebrais (PC) assegurou a medalha de bronze no Campeonato Mundial da modalidade, disputado em Salou (Espanha). O país garantiu o terceiro lugar no pódio nesse domingo (15), após derrotar os Estados Unidos por 2 a 0, repetindo a campanha da edição anterior, há três anos.

Os brasileiros não se abateram com a derrota por 4 a 1 para o Irã, na quinta-feira (12), pela semifinal. Aos 25 minutos da primeira etapa (cada tempo no futebol PC possui 30 minutos), Ângelo Matheus dividiu com o goleiro norte-americano na área e abriu o marcador, fazendo o quinto gol dele no Mundial. No último minuto, Evandro de Oliveira, de pênalti, garantiu o triunfo.

Foi a quinta vez que o Brasil finalizou o Mundial de futebol PC (que era conhecido como futebol de sete paralímpico) em terceiro lugar. Além de 2019, a seleção também foi bronze em 1998, 2001 e 2015. As melhores campanhas foram em 2003 e 2013, quando os brasileiros foram à final, mas ficaram com o vice-campeonato.

O Brasil encerrou o Mundial com cinco vitórias e apenas uma derrota, justamente para o Irã. Na primeira fase, a seleção bateu Tailândia (3 a 1), Alemanha (6 a 0) e Irlanda (3 a 0). Nas quartas, o triunfo foi sobre a rival Argentina (3 a 0).

Na final, também realizada neste domingo, a Ucrânia derrotou o Irã por 1 a 0 e levantou a taça pela sétima vez. O detalhe é que a participação ucraniana, maior campeã mundial, era incerta até dias antes do torneio iniciar, devido à tensão militar no país, por conta da invasão russa. A Federação Internacional de Futebol de Paralisados Cerebrais (IFCPF, sigla em inglês) organizou uma campanha de financiamento on-line para viabilizar a presença da equipe em Salou.

Modalidade

No futebol PC, os atletas são divididos nas classes FT1, FT2 e FT3. Na FT1 estão aqueles com maior comprometimento físico-motor. Cada equipe, obrigatoriamente, deve ter pelo menos um deles entre os titulares. Já a FT3 reúne jogadores com menor grau de paralisia e somente um pode estar no gramado em cada time.

A duração do jogo não é a única diferença para o futebol convencional. O número de atletas por equipe (sete) e os tamanhos de campo (70 metros por 50 metros) e da baliza (dois metros por cinco metros) são distintos. Além disso, não há impedimento no futebol PC e a cobrança de lateral pode ser feita com apenas uma das mãos.

Surdolimpíadas

Competições foram realizadas em Caxias do Sul

A 24ª edição das Surdolimpíadas de Verão terminou  com uma apresentação cheia de cores, luz, arte e emoção. O ginásio do Sesi de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, recebeu ótimo público que vibrou coma solenidade de encerramento.

Nas competições, a Ucrânia ficou na primeira colocação, com 62 medalhas de ouro, 38 de prata e 38 de bronze, em um total de 138. O Brasil ocupou a 44ª posição, com seis medalhas de bronze, o maior número conquistado pelo país na história da competição.

A presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS), Diana Kyosen, aprovou a participação dos atletas do Brasil e agora foca no fortalecimento.

“O resultado atual não é o melhor cenário, mas é positivo. Vivemos um momento de pandemia que trouxe um prejuízo aos treinos. Ficamos dois anos treinando virtualmente. A CBDS conseguiu um terreno para construção do nosso centro de treinamento e isso vai auxiliar no alto desempenho e, consequentemente, no resultado dos atletas brasileiros”, afirmou.

Quebrando barreiras

Além do resultado esportivo e da busca por medalhas, as Surdolimpíadas de Caxias do Sul deixaram outro legado. O presidente do Comitê Internacional de Esportes para Surdos, Gustavo Perazzolo, ressaltou a importância do evento para quebrar barreiras.

“A visibilidade muda com as Surdolimpíadas. Reconhecimento social, empatia, a cultura específica da comunidade, a comunicação  e a questão da língua. O surdo e o ouvinte unidos na tentativa de se comunicar, quebrando barreiras, perdendo o medo, se aproximando, buscando estratégias para fazer essa comunicação. No futuro, as barreiras vão ser quebradas e a comunicação vai acontecer naturalmente para todos”, enfatizou.

A próxima edição das Surdolimpíadas de Verão será em 2025, em Tóquio, no Japão, com a promessa de mais medalhas e esperança de maior inclusão.

Fonte: EBC Agência Brasil.

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