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Bombeiros militares fazem alerta sobre cuidados durante brincadeira de empinar papagaio

CBMAM orienta praticantes sobre riscos do uso de linha com cerol, entre outros, para evitar acidentes.

Soltar pipa, ou papagaio, como é chamado no Amazonas, é um dos lazeres mais comuns no período menos chuvoso do ano e conta com adeptos das mais diversas idades. No entanto, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) alerta os praticantes da brincadeira sobre alguns cuidados para que um momento de diversão não se torne um grave acidente.

O cabo BM Alexandre Jardim orienta os praticantes a procurarem em primeiro lugar um ambiente adequado e seguro para o lazer. “As principais recomendações para quem empina pipas é praticar sua atividade em locais abertos, longe de motociclistas e da rede de energia elétrica, a fim de resguardar a sua segurança e a do próximo”, disse o bombeiro militar.

Entre os acidentes mais comuns estão os cortes da linha com cerol – mistura de vidro moído e cola – envolvendo motociclistas, conforme explica o cabo BM Jardim.

“Os principais riscos e perigos associados à prática de soltar pipa estão no fato da linha com cerol ser um objeto cortante e fazer ferimentos profundos na região do pescoço, cabeça, membros superiores e até inferiores. Para quem anda de motocicleta, além dos EPIs (equipamentos de proteção individual) básicos, que são de uso obrigatório, é recomendável o uso da antena na parte frontal da motocicleta a fim de resguardar principalmente a região do tórax, pescoço e cabeça, evitando um corte profundo que pode se agravar numa hemorragia ou até mesmo um óbito”, alerta.

O bombeiro ainda pontua outros acidentes durante a prática de soltar papagaio, como as quedas de lajes e atropelamentos. “A distração pode ocasionar uma queda e consequentemente um traumatismo no praticante da atividade. Outros riscos envolvendo a atividade vêm da distração quando ocorre aquele fenômeno popular da queda da pipa. Há uma correria que pode acabar em um atropelamento, tombos diversos nas calçadas e bueiros, além do risco de choque, porque as pessoas portam pedaços de pau, canos, ferro ou outro material condutor de energia para tentar pegar essas pipas em telhados, lajes e fiações energizadas”, afirma.

Risco para a natureza – Além das ocorrências envolvendo pessoas, a linha com cerol também ocasiona riscos para os animais. “Existem ocorrências envolvendo aves que se enrolam na linha com cerol, e também gatos, cachorros e outros animais. Quando o praticante abandona aquela pipa ou linha que não tem mais uso, na rua esse material passa a poluir a cidade e pode ser transportado pela rede de esgoto, ocasionando outros riscos e acidentes com animais aquáticos, como tartarugas e peixes”, destacou o bombeiro militar.

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