O senador reeleito Eduardo Braga (MDB) pode ter cometido os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e declaração falsa à Justiça Eleitoral, na campanha política de 2014, quando disputou e perdeu a eleição para o Governo do Amazonas.

As possíveis práticas criminosas são apontadas por um especialista em Direito Eleitoral ouvido pelo site de política BNC Amazonas sobre a propina de R$ 6 milhões de propina recebida por Braga da JBS, conforme investigações da Polícia Federal na Operação Lava Jato.

O destino do recurso ilegal é investigado em processo que ‘corre’ no Supremo Tribunal Federal (STF), que teve prazo de investigação foi esticado em mais 60 dias.

A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a Polícia Federal investiga quanto da propina foi parar nos cofres da empresa Rico Táxi Aéreo, que o senador pelo Amazonas usou na campanha de 2014, e para a qual teria emitido duas notas fiscais, num total de R$ 6 milhões.

Na prestação final das contas da campanha à Justiça Eleitoral, porém, o candidato ao governo declarou gastos de pouco mais de R$ 750 mil em passagens aéreas.

Com a quebra do sigilo fiscal e bancário da empresa aérea, a Lava Jato poderá comprovar o destino da propina milionária.

Ricardo Saud afirma que houve lavagem desse dinheiro porque, para ele, as notas fiscais da Rico, apresentadas no acordo de delação e que estariam nas mãos do relador do processo no STF, ministro Edson Fachim, seriam por serviços não prestados.

Saud afirma, ainda, que Braga e outros senadores também se apropriaram de R$ 1 milhão que a JBS havia destinado à então senadora Kátia Abreu, do Tocantins.

Para o especialista, a declaração falsa apresentada para justificar gastos de campanha junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) configura possível crime, que se junta à corrupção pelo recebimento de fundos públicos e recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio da JBS.

Conforme o especialista ouvido pelo BNC, claramente, Braga também violou o artigo 350 do Código Eleitoral, cuja pena prevista é de prisão de até cinco anos e pagamento de multas.

(com informações do BNC Amazonas)