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Bares e restaurantes de Manaus não criam expectativa de mais lucros nas olimpíadas

Na Copa do Mundo de 2014, o setor teve uma queda no faturamento de até 30%, levado em conta o invetimento dos empresários - foto: Diego Janatã

Na Copa do Mundo de 2014, o setor teve uma queda no faturamento de até 30%, levado em conta o investimento dos empresários – foto: Diego Janatã

A seis meses das Olimpíadas Rio 2016, o espírito olímpico ainda não chegou ao segmento de bares e restaurantes de Manaus que, em agosto, receberá seis partidas de futebol feminino e masculino, na Arena da Amazônia Vivaldo Lima. E mesmo com a estimativa da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) de aproximadamente 120 mil turistas estrangeiros durante o período, o setor não enxerga possível crescimento no número de vagas de trabalho, nem mesmo alimenta expectativa de faturamento superior.

A explicação da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-AM) se dá com base no resultado negativo da Copa do Mundo de 2014, que rendeu uma queda no faturamento de até 30%, diante dos investimentos dos empresários do setor. De acordo com a vice-presidente da Abrasel-AM, Lilian Guedes, o resultado se explicou porque a maioria dos turistas optaram por bares aos restaurantes que investiram na preparação e treinamento de funcionários.

“Para a Copa do Mundo nós realizamos cursos de atendimento ao cliente, recepcionista, garçons, liderança e supervisão, por meio do Programa Alimentação Segura (PAS). Mas, o retorno foi muito pequeno. A maioria dos restaurantes tiveram queda no faturamento de 5% a 30% de acordo com o segmento. Os turistas preferiram muitos bares que não fizeram nenhum tipo de treinamento e não estão cadastrados na associação”, enfatizou Lilian Guedes.

Segundo ela, até o momento, mais de 300 pessoas fizeram curso em janeiro na função de garçom, vendedor e gerente que podem servir para atender aos turistas durante o período dos Jogos Olímpicos. “Estamos mais interessados em melhorar o atendimento local nos restaurantes e driblar a crise econômica que assola o país, mas é claro que estamos visando as Olimpíadas. Na Copa do Mundo foram gerados, aproximadamente, mil postos de trabalhos no segmento de bares e restaurantes e esperamos que nos Jogos Olímpicos seja melhor, mas até agora não temos uma pesquisa para definir quantos empregos serão gerados”, disse.

Parcerias

Lilian Guedes afirmou que, para a Copa do Mundo, a entidade teve para a realização dos cursos a parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (Senac) e a Prefeitura de Manaus.

“Na Copa do Mundo tivemos a parceria do Sebrae, do Senac e da Prefeitura de Manaus na realização dos nossos cursos de capacitação. O governo do Estado não deu nada e os recursos vieram do governo Federal. Mas, até o momento ainda não tivemos nada em relação aos Jogos Olímpicos. Os restaurantes estão capacitando seus funcionários com recursos próprios”, afirmou.

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