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A Avenida Brasil, na Compensa, zona Oeste de Manaus, vai ganhar uma ciclovia. O anúncio foi feito pelo diretor-presidente do Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb), Roberto Moita.
A decisão foi reforçada com uma pesquisa, feita em parceria com um grupo ligado ao ciclismo e a Empresa Júnior da Uninorte Laureate.
Os dados apontam que em 12 horas, passam pela Avenida Brasil 1.151 ciclistas, uma média de 96 por hora. A partir disso, segundo o diretor de planejamento do Implurb, Laurent Troost, foi possível traçar o planejamento para a implantação da ciclovia.
A pesquisa foi feita em duas vias – nas avenidas Brasil e André Araújo – no dia 5 de junho, utilizando a contagem manual e fotográfica de ciclistas, que permite ver e rever vários itens correspondentes aos deslocamentos por meio de bicicletas.
Cento e quarenta pessoas foram envolvidas no projeto, que casou perfeitamente com um dos trabalhos desenvolvidos pelo Implurb: o da Ciclovia Boulevard-Ponta Negra, que prevê 14,6 km para uso de bikes, passando pela Avenida Brasil.
O projeto para a implantação da ciclovia está em fase final de ajustes e deverá ser incluída em um dos lotes de obras que vão ser licitadas nos próximos meses, pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Seminf).
A pesquisa apresentada constatou que a Avenida Brasil é um foco de mobilidade via bicicleta, mas observou, também, a necessidade de campanhas educativas de segurança no trânsito.
A pesquisa ‘Contagem de Bicicletas – André Araújo/Avenida Brasil’ comprova a necessidade de uma atenção a um plano cicloviário para a Compensa e de educação de trânsito para todos os usuários, de quem pedala a quem dirige ou anda a pé.
Durante a apresentação dos dados coletados, foram tiradas dúvidas sobre o projeto da Nova Djalma Batista, apresentado na terça-feira, dia 2.
Aproveitando o momento, o presidente do Implurb explicou que toda a equipe de engenheiros, arquitetos e técnicos do órgão estudou com afinco diversas formas para abrigar os ciclistas na avenida, no desenho de requalificação.
Só restaria o compartilhamento com uma ciclofaixa, solução que não foi considerada segura em razão da velocidade média da caixa viária.
Após a explicação, Simone Russo, do grupo de pedal, afirmou que as questões técnicas de infraestrutura e segurança que tornaram inviáveis a ciclovia na Djalma Batista esclareceram as dúvidas que tinham quanto ao projeto.
Números da Avnida Brasil (levantamento feito nas esquinas das ruas Oscar Borel e São Pedro – Compensa)
Média de 96 ciclistas por hora
35% Av. Brasil sentido Ponta Negra
39% Av. Brasil sentido Centro
23% Av. Brasil cruzamento com as ruas Oscar Borel e São Pedro
1.139 homens
12 mulheres
63% pela rua, na mão
37% pela rua, na contramão
97% sem capacete
24% de serviço: normais, cargueiras e triciclos
Números da André Araújo (levantamento feito nas esquinas com as ruas Gabriel Gonçalves e Otávio Cabral – Aleixo)
Média de 19 ciclistas por hora
37% Av. André Araújo sentido Complexo Gilberto Mestrinho
48% Av. André Araújo sentido Centro
221 homens
7 mulheres
80% pela rua, na mão
20% pela rua, na contramão
12% sem capacete
36% de serviço: normais, cargueiras e triciclos