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Ausência de Guedes na reunião do CAS afasta investidores da ZFM, afirma Serafim

O deputado Serafim Corrêa (PSB) disse nesta terça-feira (24), que as declarações contra o modelo Zona Franca de Manaus e a ausência no ministro da Economia, Paulo Guedes, na 288ª reunião do Conselho Administrativo da Suframa (CAS), marcada para quinta-feira (26), afasta os investidores.

A afirmação foi feita após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) ter decretado, na última sexta-feira (20), que o secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, irá conduzir a reunião, na ausência de Guedes.

“A ausência de Paulo Guedes tem consequências. Exemplo disso é quando um empresário estrangeiro ver as declarações de Guedes na imprensa nacional contra o modelo ZFM e vê que ele nem vem mais às reuniões. O empresário vai pensar duas vezes se vem para cá ou se vai para o Paraguai, Uruguai ou Argentina. O capitalismo só tem uma palavra: credibilidade, que vem com a segurança jurídica e aqui isso não tá acontecendo”, disse Serafim.

Para o deputado, o ministro da Economia quer se “livrar da Zona Franca”.

“O objetivo disso é Guedes ficar livre disso aqui. Ele não vir aqui, significa que não será pressionado por ninguém e, muito menos pela imprensa. Lamento, porque, cada vez mais, estão diminuindo o tamanho e a importância da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus). A diminuição do orçamento foi uma prova disso. Se você voltar na máquina do tempo, 20, 30 e 40 anos atrás,  a autarquia tinha orçamento para fazer convênios com Roraima, Amapá, Acre e Rondônia. Isso foi diminuindo e agora acabou”, lamentou Serafim.

O líder do PSB na Casa também avaliou que outra consequência do enfraquecimento da Suframa é a perda do apoio da bancada da Amazônia no Congresso Nacional.

“O resultado é que não temos mais o apoio da bancada da Amazônia, principalmente da Amazônia Ocidental. E nós já chegamos a contar, por exemplo, com o apoio da bancada do Amapá, na época do senador José Sarney, e em Roraima, com o senador Romero Jucá, ou seja, com senadores influentes na República. Infelizmente, perdemos isso, jogamos isso fora”, lembrou o deputado.

O socialista destacou que, quando a bancada do Amazonas vai para o embate no parlamento, só temos os oito deputados federais e os três senadores, que são competentes, mas em número, são pequenos.

“A bancada perdeu o apoio da bancada da Amazônia, porque deixou de realizar convênios. Ela foi perdendo ano a ano a sua capacidade de ter recursos para aprovar projetos de infraestrutura, das capitais, municípios do interior, ela foi abrindo mão disso”, concluiu o parlamentar.

Decreto do presidente Jair Bolsonaro.

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