O Atlético segue como líder do Brasileiro, com 31 pontos, a mesma pontuação do Internacional. A diferença – positiva – é que o Galo tem uma vitória a mais e um jogo a menos. Por outro lado, os espaços para vacilos não mínimos nesta reta final de 1º turno. E o jogo contra o Flu evidência alguns pontos em alerta.

Para começar há o sistema defensivo, no qual os adversários do Atlético estudam cada vez mais para furar – são 17 gols sofridos. O Fluminense foi a oitava equipe, em 15 jogos, que fez o gol antes do Galo no Brasileirão. O time de Sampaoli conseguiu a virada em três vezes, perdeu outras quatro e alcançou o empate nessa quarta-feira.

Outro ponto é o leque de opções para o treinador argentino. Sem Junior Alonso, Alan Franco e Jefferson Savarino, o Atlético jogou três partidas, com uma vitória (Goiás), derrota (Fortaleza) e a igualdade contra o Tricolor. Sem o trio, convocado para as Eliminatórias, Sampaoli viu a limitação do elenco. Tanto que a escalação foi a mais óbvia até aqui, com Allan no lugar e Hyoran e manutenção dos outros 10 titulares que venceram o Goiás.

Odair Hellmann teve bons méritos na partida do Mineirão, explorando espaços vazios na defesa do Atlético, marcando bem a troca de passes do ataque alvinegro, não dando espaços para Keno e também vendo uma atuação fraca de Nathan, sempre um elemento que “quebra linhas”.

No segundo tempo, o verdadeiro Galo de Sampaoli apareceu, com amasso ofensivo capaz de produzir duas chances claras de gol. Mas o melhor ataque do Brasileirão (30 gols) perdeu oportunidades de ouro quando Marrony e Nathan pararam em Muriel em chutes a poucos metros do gol. Pecados de finalização que custaram caro e deixaram rivais se aproximarem.

O alento é que os convocados retornarão para o jogo contra o Bahia. Junior Alonso é uma solidez defensiva e ponto-chave para a transição da bola para o campo ofensivo. Alan Franco se destacou ajudando na marcação e sendo peça importante do lado direito do ataque, onde também joga Savarino. A função do venezuelano, inclusive, foi desempenhada por Hyoran, Marquinhos, Savinho, Eduardo Sasha e Maílton nesses três últimos jogos.

Se na coletiva de imprensa Sampaoli adotou um discurso de “não-cobrança” por reforços, a realidade é que o Galo precisa trazer jogadores capazes de qualificar o elenco e dar ao treinador, no segundo tempo, a possibilidade de fazer mais do que duas substituições (de cinco possíveis), como aconteceu contra o Fluminense.