Número no horizonte do Galo é um recorde histórico do clube; meta para 2022 é “fazer” R$ 140 milhões em vendas/empréstimos de jogadores
O Atlético-MG irá romper a barreira dos R$ 120 milhões arrecadados em forma de negociação de direitos federativos de jogadores, seja por vendas ou empréstimos. Dylan Borrero é uma situação avançada com a MLS, e ainda há Savinho vendido ao Grupo City.
Antes mesmo da janela mais agressiva da temporada (em julho-agosto), o Galo se aproxima de 90% da meta estipulada no orçamento anual do clube. A missão é atingir R$ 140 milhões em saídas para 2022
A missão do Atlético para se manter no caminho dos títulos, além de cumprir metas orçamentárias, é continuar com o time encorpado e competitivo. Neste ponto, entra a situação excepcional de Junior Alonso. Vendido por 8,5 milhões de dólares (a maior venda da zagueiro pelo clube), voltou por empréstmo na Guerra Rússia x Ucrânia.
Bandeira do Atlético-MG na Cidade do Galo — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG
Nos próximos dias, o Atlético deverá anunciar a venda de Dylan Borrero ao New England Revolution, da MLS. O meia-atacante colombiano irá gerar cerca de R$ 20 milhões aos cofres do Atlético. Antes, o Galo e o Grupo City alinharam a transferência de Savinho por cerca de R$ 40 milhões (algo que será concretizado na abertura da janela europeia). Nas duas vendas, há mecanismos de metas atreladas para ganho de bônus para o Atlético.
Nunca o Atlético ultrapassou os R$ 106 milhões auferidos na comercialização de direitos econômicos + recebimento de taxas por empréstimos. Tais números foram obtidos no fim de 2019, quando o clube vendeu Cleiton e Alerrandro (ambos ao Bragantino) e Chará (Portland Timbers).
As taxas de empréstimos, inclusive, foram política adotada pelo Atlético em 2022, que preferiu optar por aceitar a liberação de jogadores em cessão temporária mediante compensação financeira. Foi assim com Alan Franco (Charlotte), Nathan (Fluminense), Hyoran (Bragantino) e, mais recentemente, Vitor Mendes. O zagueiro foi novamente ao Juventude por R$ 500 mil, segundo apuração do ge.
O Atlético precisa vender jogadores. Há essa orientação da administração, uma vez que, apesar de contar com apoio de empresários/conselheiros no grupo colegiado, o clube tem dívida na casa do R$ 1,3 bilhão, ainda que uma parte considerável seja com os próprios “mecenas” e situações já parceladas (impostos).
Após a conquista do Campeonato Mineiro 2022, o diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano, falou justamente sobre estar de olho na janela mais agressiva do mercado, de início de temporada na Europa, e o desafio de manter o elenco recheado de opções para o treinador.
– O clube tem muita coisa pela frente ainda, e tem que seguir o planejamento. Manter a competitividade, respeitando o orçamento. E teremos que vender, não existe clube no Brasil que fuja dessa realidade. Mas sempre priorizando a parte competitiva. A ansiedade do torcedor é sempre por reforços, estão no direito deles. Mas iremos trabalhar com razão, orçamento e responsabilidade – disse.
Savinho: negociado com o Grupo City por 6,5 milhões de euros — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG
As saídas do Atlético no mercado:
Situações sacramentadas:
- Junior Alonso (Krasnodar): R$ 47 milhões
- Marquinhos (Ferencvárosi): R$ 10 milhões (manteve 25%)
- Nathan (Fluminense): taxa de R$ 1 milhão
- Alan Franco (Charlotte): taxa de R$ 825 mil
- Hyoran (Bragantino): taxa de R$ 500 mil
- Vitor Mendes (Juventude): taxa de R$ 500 mil
- Total concreto: R$ 59,825 milhões
Situações avançadas:
- Maílton* (Metalist): R$ 3,5 milhões
- Savinho* (Grupo City): cerca de R$ 40 milhões
- Dylan* (New England Revolution): cerca de R$ 20 milhões
- Total de futuro: R$ 63,5 milhões
Total já esperado: R$ 123,325 milhões
(Com informações do ge).