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Atlético-MG é castigado ao dançar com o perigo e deixa escapar pontos preciosos em casa

O Atlético-MG teve a trave acertada, mas também balançou o travessão. Sofreu na defesa, mas criou no ataque. Sofreu um gol de empate em cobrança de pênalti e teve lance polêmico com Hulk derrubado na área e nada marcado. No peso dos fatores, o empate entre Galo e Chapecoense apresenta equilíbrio. Mas não dá pra fugir do óbvio: somar apenas um ponto em casa, contra uma equipe de outras pretensões, é ruim.

Mais além do placar, em si, o que se viu de negativo do Atlético foi uma atuação defensiva bem diferente dos outros jogos. O Galo dançou com o perigo em boa parte do jogo.

Se o Inter, na rodada passada, também perdeu gols incríveis – com o time de Cuca em proposta reativa – a Chape foi além. Protagonizou, ao menos, um lance bizarro no primeiro tempo. Ravanelli tinha o gol escancarado em cruzamento rasteiro. Era só empurrar. Mas a bola bateu em Anselmo Ramon, caído e impedido.

Quando a Chape estava mais próxima do primeiro gol do jogo, o Galo abriu o placar em belo chute de Tchê Tchê, que daria tranquilidade. Mas a defesa alvinegra seguiu sofrendo, e as tentativas de ataque do time da casa sofreram com finalizações tortas

Atlético-MG x Chapecoense — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

Atlético-MG x Chapecoense — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

O jogo cansou de apresentar sinais de alerta para o Galo. Logo nos primeiros segundos, Réver falhou e, assim como Thiago Galhardo na semana passada, Fernandinho tentou driblar Everson. Desta vez, não foi Arana, mas o próprio goleiro que salvou.

No segundo tempo, bola na trave do arqueiro, e o Atlético não conseguiu dominar as ações. Abriu o placar com Tchê Tchê, acertou o travessão com Hulk, que também obrigou o goleiro João a fazer grande defesa. Mas faltou proteção, ocupar os espaços no meio de campo para estancar as escapadas rápidas da equipe de Jair Ventura.

A Chape pressionou, achou oportunidades e, quando estava perto de carimbar mais um grande partida, o volante Allan cometeu pênalti, assinalado com a ajuda do VAR. Ravanelli, que havia errado incrível gol, empatou.

Em 2020, o Atlético foi o melhor mandante do Brasileiro, com 46 pontos conquistados em 57 possíveis (deixou 11 para trás). Em nove disputados no Mineirão, em 2021, somou quatro.

Bola na trave de Everson: Chapecoense bateu, bateu, bateu e... furou — Foto: Globo

Bola na trave de Everson: Chapecoense bateu, bateu, bateu e… furou — Foto: Globo

A reação do Atlético foi de ocupar o ataque e tentar jogadas das pontas. Novamente, Hulk se sobressai pela força física e criação de chances. Fez uma boa jogada individual, mas finalizou mal de direita. Faltaram opções no banco de reservas. Cuca ficou sem 13 jogadores, sendo cinco de última hora, contaminados por Covid. Perdeu Nacho, o pensador, e Nathan, seu substituto na criação. Também não tinha Marrony para ter velocidade na etapa final.

Neste ponto, vale uma citação. A cena após o jogo, de Keno isolado no banco de reservas, em clima melancólico, desperta atenção. Protagonista na temporada passada, ele ainda precisa voltar a fazer grandes atuações. Tem futebol para isso, quase fez um belo gol, e precisa recuperar a confiança.

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