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Assessor de Temer e ex-governadores têm R$ 26 mi bloqueados após prisão

Operação Panatenaico

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (23) a Operação Panatenaico, que investiga uma organização criminosa – que incluiria dois ex-governadores do Distrito Federal – suspeita de desviar até R$ 900 milhões em recursos destinados às obras do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, para a Copa do Mundo de 2014.

Os ex-governadores Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR) foram presos nesta manhã pela PF, assim como o ex-vice-governador Tadeu Filipelli (PMDB), que era assessor especial do presidente Michel Temer (PMDB) e foi exonerado em seguida pelo Palácio do Planalto. Também são alvos da operação outros agentes e ex-agentes públicos, construtoras e pessoas apontadas como operadores dos pagamentos de propina.

Orçadas inicialmente em 600 milhões de reais, a reforma do estádio para a Copa custou 1,575 bilhão de reais, fazendo da arena a mais cara do Mundial de 2014, de acordo com a PF.

Em razão da obra ter sido realizada sem estudos prévios de viabilidade econômica, a Terracap, companhia estatal do DF com 49% de participação da União, encontra-se em estado de “iminente insolvência”, segundo a investigação. O nome da operação diz respeito ao Stadium Panatenaico, “sede dos jogos panatenaicos, competições realizadas na Grécia Antiga que foram anteriores aos Jogos Olímpicos”, segundo a PF.

Para recolher elementos que detalhem como operou o esquema criminoso que superfaturou a obra, os cerca 80 policiais envolvidos na operação foram divididos em 16 equipes. Devem ser cumpridos, no total, 15 mandados de busca de apreensão, dez mandados de prisão temporária e três conduções coercitivas.

OAB levará pedido de impeachment de Temer à Câmara na quinta

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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Claudio Lamachia protocolará na tarde de quinta-feira na Câmara dos Deputados um novo pedido de impeachment do presidente Michel Temer. A avaliação da entidade é a de que Temer cometeu crime de responsabilidade ao ouvir – sem tomar nenhuma atitude – o empresário Joesley Batista confessar que estava comprando juízes e um procurador e pagando pelo silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha e do operador Lúcio Funaro. Apesar do novo pedido de impeachment – o 15º contra Temer e o 11º desde que vieram a público as revelações de Batista em acordo de delação premiada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deu indicativos de que pretende arquivar todos os processos. Com isso, ganha força o julgamento marcado para o próximo dia 6 de junho, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai avaliar se cassa ou não o mandato de Temer por abuso de poder econômico e político.

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