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Arthur desafia: se me derem recursos, asfalto o Distrito Industrial em 10 minutos

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto se manifestou preocupado, nesta quinta-feira (17), com o clima político institucional do país. Em entrevista à Rede Tiradentes, o prefeito afirmou que crise está sendo absolutamente prejudicial para o país e para Manaus. “Se continua esse impasse político, essa crise moral, tudo isso, 2017 será contaminado e aí será o casos, para o povo brasileiro.

O ano de 2016 está perdido porque há uma crise econômica, uma crise social que é puxada pela crise econômica; uma crise política que agrava a crise econômica; uma crise moral que agrava  que agrava a crise política e que, por sua vez, agrava a crise econômica. É um quadro terrível! Lamentável, mesmo!”

Apesar dos problemas decorrentes da situação do país, o prefeito afirmou que a crise não vai afetar o planejamento para a Prefeitura de Manaus, destacou as prioridades para 2016 e as providências para enfrentar a crise. “Estou ‘cortando’ tudo o que posso, no custeio. A ordem que eu passo para a Secretaria de Finanças é clara: caiu a arrecadação tem que cair custeiro proporcionalmente  ao que caiu! Estamos racionando água e luz, fazendo das tripas coração para manter a prefeitura de pé. E não é apenas cumprirmos nossa obrigações para com os funcionários e com os fornecedores. É mantermos os investimentos fundamentais na estrutura da cidade, os investimentos sociais. Sei que a gente vai aprender com essa crise. Perversa, porque nós não inventamos essa crise. Ele vem de imperícia do Governo Federal.”

Ao lamentar o estado crítico de conservação das ruas do Distrito Industrial, o prefeito desafiou; se lhe concedessem os recursos necessários, asfaltaria as ruas do parque industrial em 10 minutos, mas destacou necessidade de apoio dos governos estadual e federal. “Pra nós é imprescindível! Chega o momento que é impossível trabalharmos apenas com recursos próprios! Já visitei mais de 10 mil ruas das 16 mil que temos e pretendo passar pelas 16 mil corrigindo os maiores defeitos que elas possam ter!’

Sobre o estado crítico de conservação das ruas do Distrito Industrial de Manaus, o prefeito reafirmou que a responsabilidade não é da prefeitura, mas lançou um desafio. “Quando iam dar o dinheiro para o prefeito Serafim (Correa), optaram pelo CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas). O CIEAM nunca tinha asfaltado nada! … Se me passar esse dinheiro, eu asfalto ‘aquilo’ em 10 minutos! Agora, nunca a prefeitura asfaltou ‘aquilo’! Nunca ninguém entendeu que não é obrigação da prefeitura!”

Arthur aproveitou para anunciar a liberação de uma área que deverá abrigar um 300 lotes para a construção de moradias, na área do bairro Santa Etelvina, zona oeste da cidade.

Sobre o resultado de uma ação julgada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) que decidiu pela cassação do atual dirigente do Estado, o prefeito saiu em defesa do governador José Melo. “Alguém dizer que o Melo fraudou eleição é forçar uma barra danada! É até um insulto aos amazonenses se dizer que houve fraude numa eleição em que a capital se pronunciou com 60% contra 40%, e, portanto com 20% de diferença!

O prefeito voltou a acusar o senador o adversário de Melo na eleição, o senador e ministro das Minas e Energias Eduardo Braga (PMDB), de articular dificuldades para a liberação de recursos federais para Manaus.

Uma das principais lideranças do PSDB no país e crítico ácido da administração Dilma Rousseff (PT), o prefeito afirma que a presidente não deve escapar do impeachment. “A minha pergunta é: quanto custa o impeachment para a economia, para a política, para o Brasil. É uma coisa que tem um preço muito alto para ser cobrado ao povo! E, ao mesmo tempo, me pergunto: quanto custará o não impeachment? O fato é que, do jeito que ela vai, não fica os três anos! A crise está se agravando e a presidente não apresenta uma solução. Ela não aguenta três meses disso! A solução estariam em alguém – ela, se pudesse, ou outra pessoa, se puder – oferecer um caminho de união nacional, para até 2018, entregarmos uma país consertado em eleições livres para o vencedor das eleições!”

Pela manhã, o prefeito Arthur Virgílio Neto participou da última reunião do ano do Conselho de Administração da Suframa (CAS) e havia prometido fazer um discurso que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, não esqueceria tão cedo. Além da recuperação das ruas do Distrito Industrial, cujo estado crítico ameaça diminuir o interesse dos investidores por Manaus, o prefeito defendeu a volta da análise dos PPB’s – os Processos Produtivos Básicos – para o âmbito da Suframa, em Manaus.

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