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Arrascaeta e Everton Ribeiro valem ingresso em goleada do Fla que “parece, mas não é”

Por Cahê Mota — Rio de Janeiro

Uma noite de Arrascaeta e Everton Ribeiro. A goleada foi imponente, a atuação ao longo dos 90 minutos nem tanto.

O Flamengo não precisava ser vaiado – justamente – ao descer para o intervalo diante de um rival tão frágil e com um a menos como o San José. A vitória, entretanto, era protocolar. A goleada questão de tempo. E mais do que o 6 a 1 o torcedor tem que comemorar a parceria de seus camisas 7 a 14.

Éverton Ribeiro fez dois gols, deu uma assistência e, por ser mais decisivo, foi eleito o melhor em campo. De Arrascaeta finalizou oito vezes, deu seis passes para conclusões dos companheiros, fez um gol, deu um lençol e uma caneta. Mais do que isso: deu motivos a Abel para ser titular.

Falar se o uruguaio deve jogar pela esquerda ou pelo meio fica em segundo plano diante do que os dois protagonistas da goleada fizeram no Maracanã. Arrascaeta e Ribeiro se buscaram o jogo todo para tabelas e mostraram que jogador bom se entende e encontra seu espaço.

A presença de Bruno Henrique como centroavante facilitou a vida da dupla. Vertical e veloz, o atacante cansou de dar opção e criar espaços. Criou uma alternativa para substituir Gabigol quando Abel não optar por um inconstante Uribe.

Arrascaeta e Everton Ribeiro comandaram a festa — Foto: Alexandre Durão/ GloboEsporte.comArrascaeta e Everton Ribeiro comandaram a festa — Foto: Alexandre Durão/ GloboEsporte.com

Arrascaeta e Everton Ribeiro comandaram a festa — Foto: Alexandre Durão/ GloboEsporte.com

Dito tudo isso de bom, é preciso deixar claro e repetir: o Flamengo não precisava ser vaiado diante de um adversário tão fraco. Os três gols nos dez minutos finais – com um rival cansado após correr quase 80 minutos com um a menos – maquiam um placar que deveria ser construído com maior propriedade.

E há fatores que explicam as defesas de Diego Alves, o gol boliviano e o magro 2 a 1 no primeiro tempo. O Flamengo foi primeiro arrogante e displicente – normal pela fragilidade do rival, mas inaceitável – e depois ansioso e nervoso com a igualdade inesperada no placar.

A quantidade de bolas aéreas fugia a lógica para um time tão técnico, tal qual quanto os riscos sofridos contra um time que acumulava 18 derrotas e dois empates fora de casa na história da Libertadores. No fim, festa. O que não deve apagar as lições.

Para ser campeão da Libertadores, o Flamengo precisa jogar muito mais do que jogou diante do San José. Nem sempre a genialidade de Éverton Ribeiro e Arrascaeta será suficiente.

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