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Após início de goleadas, ataque do Flamengo definha em sequência ruim de resultados

A produção recente do ataque do Flamengo simboliza bem a mudança de rumo no trabalho de Renato Gaúcho no clube. Após um início de goleadas em profusão, o time passou a encontrar dificuldades para balançar as redes: nas últimas cinco partidas, apenas um gol foi marcado em uma jogada construída e com a bola rolando.

A tabela entre Pedro e Kenedy no primeiro gol da vitória sobre o Juventude por 3 a 1 foi o último resquício de jogada bem trabalhada.

De lá para cá, o Flamengo marcou outros cinco gols: três em bola parada e um originário de pressão de Michael em um defensor do Juventude, após passe errado de Filipe Luis, que culminou no cruzamento para o gol de Pedro. Por fim, houve o gol de Renê no Fla-Flu, resultado de um dividida do lateral com a defesa rival.

Gabigol, durante a partida entre Flamengo e Athletico-PR — Foto: André Durão

Gabigol, durante a partida entre Flamengo e Athletico-PR — Foto: André Durão

Ao todo, são seis gols em cinco jogos, média de 1,2 por partida. O contraste com o início de trabalho é claro: 21 gols nas cinco primeiras partidas sob o comando de Renato, média de 4,2 por duelo. Outro símbolo da atual fase é Gabigol, que vive jejum de oito jogos sem marcar.

Flamengo nos últimos cinco jogos, em levantamento do Espião Estatístico:

  • 6 gols em 79 finalizações (1 gol a cada 13,2 finalizações)
  • 30 finalizações na direção da meta (38% certas)
  • 49 finalizações erradas (62% erradas)

Como saíram os seis gols do Flamengo?

  • 1 de falta (Andreas Pereira);
  • 1 de pênalti (Pedro);
  • 4 com bola rolando (Pedro, Renê, Michael e Kenedy), 2 deles fruto de rebatidas (Thiago Maia e Renê) e outros 2 tiveram assistências (Pedro, em passe de Michael; Kenedy, em tabela com Pedro);
  • 1 dos 4 com bola rolando saiu a partir de bola parada (Thiago Maia);
  • 1 dos 4 com bola rolando começou com desarme de Michael, que deu o passe para gol de Pedro, contra o Juventude.

Os cinco jogadores que mais finalizaram nos últimos cinco jogos

Jogador Finalizações Certas % de acerto Gols
Andreas Pereira 15 4 26,7% 1
Michael 13 4 30,8% 0
Gabigol 9 2 22,2% 0
Everton Ribeiro 7 2 28,6% 0
Kenedy 6 4 66,7% 1

Nos últimos cinco jogos, o Flamengo mostrou dificuldade para superar defesas muito fechadas. Foi assim no empate em 0 a 0 com o Cuiabá no Maracanã e na derrota para o Fluminense por 3 a 1. A sequência, aliás, é a pior do time na temporada: são quatro partidas sem vencer. Em entrevistas anteriores, Renato chegou a se queixar por enfrentar times muito defensivos.

– Quando você pega uma equipe bem fechada, ela tira todos os espaços, ela não deixa você chutar. No futebol é muito mais fácil destruir do que construir. No momento, por mais talentosos que sejam os jogadores, se eles não tiverem espaços para construir, fica difícil. Então é mais fácil fazer falta, dar um chutão para frente, entregar a bola para o adversário e ficar fechadinho. É uma equipe que se propôs a não tomar o gol. Não ofereceu perigo nenhum. Jogaram fechados. Vieram com essa proposta e deu certo. Martelamos, mas a bola não entrou – disse Renato após o empate com o Cuiabá.

Desfalques diminuem opções ofensivas

Em defesa de Renato, há o fato de, nos últimos cinco jogos, tem tido um elevado número de desfalques para montar a equipe. Bruno Henrique e Gabigol, dupla de ataque titular, só atuaram juntos contra o Athletico-PR – o camisa 9 esteve sozinho nos duelos com Cuiabá e Athletico (em Curitiba). Arrascaeta, líder em assistências na temporada, esteve fora em todas as partidas.

– A responsabilidade é toda minha. O grupo não tem culpa de nada. O Athletico foi lá três ou quatro vezes e conseguiu três gols. Se for ver as oportunidades, o Flamengo teve mais de 20. Uma equipe desorganizada não cria tanto. Infelizmente, para a gente hoje, a bola não quis entrar – disse Renato, após a derrota para o Athletico.

Contra o Atlético-MG, no próximo sábado, Renato seguirá sem poder contar com Arrascaeta. Pedro, outra opção ofensiva, ainda se recupera de uma artroscopia no joelho. Por outro lado, Bruno Henrique e Gabigol continuam à disposição.

(Com informações do ge).

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