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Após goleada, Mano Menezes elogia o Palmeiras: “Nosso melhor jogo em posse, controle e criação”

Por Felipe Zito e Tossiro Neto — São Paulo

Veja como foi a entrevista do técnico Mano Menezes após goleada do Palmeiras

Veja como foi a entrevista do técnico Mano Menezes após goleada do Palmeiras

Palmeiras goleou o CSA por 6 a 2 na noite desta quinta-feira, no Pacaembu, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, naquela que, para o técnico Mano Menezes, foi a melhor partida do time sob o seu comando. O técnico tem 100% de aproveitamento: cinco vitórias em cinco jogos.

– Eu dependo muito da qualidade dos jogadores que dirijo. Quando olhamos o grupo que tínhamos, era possível detectar que tínhamos qualidade para jogar assim. A equipe fez um primeiro turno bom até a Copa América, já falamos muito disso, teve a queda de produção e iniciou a retomada. E, paralelamente a essa chegada das vitórias, a ideia de trabalhar um pouco mais a posse, a construção das jogadas com a bola mais tocada de trás – falou Mano.

– Na medida em que os resultados vêm, a confiança vai tendo um incremento bom, os jogadores se sentem mais à vontade. Hoje foi o nosso melhor jogo em posse, controle de jogo e criação de oportunidades. As coisas estão andando bem. Quando as coisas andam bem, a tendência é a melhora da equipe acompanhar isso – completou o técnico.

Mano Menezes durante a partida contra o CSA — Foto: Marcos RibolliMano Menezes durante a partida contra o CSA — Foto: Marcos Ribolli

Mano Menezes durante a partida contra o CSA — Foto: Marcos Ribolli

O Palmeiras não vencia marcando seis gols em jogos oficiais desde o Paulistão de 2012, contra o Botafogo de Ribeirão Preto. No ano passado, só em amistoso conseguiu tal feito.

– Aproveitar a oportunidade para falar com o torcedor do Palmeiras. Era muito natural que o CSA, quando encerra o primeiro tempo perdendo de 4 a 0, voltasse para o segundo com cuidados defensivos para não sofrer uma derrota maior. Nós, a partir deste momento, tivemos que ter mais paciência para construir as jogadas de ataque. Rodamos mais a bola. Neste momento o torcedor ficou um pouquinho mais impaciente, querendo apressar a equipe – falou o técnico.

– Temos que achar o equilíbrio entre torcedor e a equipe, para nós entendermos que a maneira de construir a jogada é como fizemos o quinto e sexto gol. Jogadas bem trabalhadas, com qualidade. Perdemos mais duas chances com jogadas trabalhadas. Isso requer um pouquinho de paciência e entendimento do torcedor de que é essa a maneira que a equipe vai construir as jogadas. Um jogo mais no chão, trabalhado – concluiu.

O Palmeiras volta a campo pelo Campeonato Brasileiro no próximo domingo, às 16h, contra o Inter, em Porto Alegre, pela 22ª rodada. O Verdão é o segundo colocado, a três pontos do líder Flamengo.

Veja outros tópicos da entrevista de Mano:

Bruno Henrique

– O novo estilo de a equipe jogar favorece a chegada dos laterais e do volante. Com uma posse mais qualificada vindo de trás, dá o tempo de esses jogadores chegarem. Quando você apressa demais o jogo, não dá tempo de chegar. Na maioria das vezes, quando ele estão indo, a bola já começa a voltar. Como a equipe está trabalhando mais pé em pé, vai ganhando campo de jogo de forma mais equilibrada, dando tempo para a equipe chegar mais a frente, ficando mais compactado para atacar. Ora será Bruno Henrique, ora outros jogadores. Dudu não fez gols, mas participou da construção de boa parte deles. Acho isso o mais importante de tudo, o jogo coletivo mais qualificado, que vai continuar melhorando na medida em que a confiança aumenta.

Lucas Lima

– Fiquei incomodado com os dois gols que sofremos. Não precisava sofrer. Mas não vou ser exigente a tal ponto de valorizar os dois que sofremos, mas sim os seis que fizemos. Se sempre sofrermos dois e fizermos seis, estarei amplamente satisfeito. O que busco recuperar quando chego em um trabalho como aqui é a referência que, às vezes, determinados jogadores perdem com o passar do tempo de si mesmos. Fui buscar as características do Lucas Lima no Santos. Lucas Lima é um jogador que gosta da bola, do jogo de aproximação, mais curto. Sempre jogou saindo um pouco mais do setor de meia, um pouquinho mais atrás para a bola longa. Essa é a sua característica. A conversa é nesse sentido para recuperar o que o jogador perde de si próprio. Às vezes pedem para jogar de outra maneira, o torcedor quer que seja de outra maneira. Você quer atender, mas perde um pouco.

Equilíbrio

– As coisas precisam vir acompanhadas de outras. Na medida em que trabalhamos mais a bola, temos que ter variação de movimentação. Às vezes, a busca dessa variação desorganiza uma equipe. Atacar é sempre mais difícil. Você encontra espaço, começa a movimentar demais… sofremos os dois gols por isso. Saímos para movimentar, construir a jogada, quando perdemos a bola o lado contrário estava muito vazio. Eles tiveram muito tempo para dominar e levantar a cabeça. Temos que encontrar esse equilíbrio, essa confiança e coordenação da equipe para fazer essa movimentação. Quando o Dudu sair do lado de cá para construir, quando perdermos a bola, nem sempre ele vai voltar, outro tem que fazer a recomposição. Isso demora um pouquinho.

Laterais por dentro

– Mais hoje o Diogo do que o Jean. O Dudu é um jogador mais de flanco, ele abre espaço. O Bigode também faz isso. Ao abrir esse espaço dá o corredor central. Como eles marcaram com um meia, o Bustamante, do lado de cá, tiveram mais dificuldade, aí apoiamos mais desse lado para tentar encontrar o caminho da construção das jogadas.

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