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Anthony Smith revela regra que impôs ao seu técnico: “Se jogar a toalha, está demitido”

Por Combate.com — Jacksonville, EUA

Os bastidores de uma equipe de MMA e do que acontece nas lutas, e principalmente da relação entre treinadores e lutadores, poucas vezes são revelados ao público. Na maioria dos casos, as análises de uma situação de luta, ou de uma atitude dos atleta ou dos seus córneres é feita sem todos os dados ou informações do que realmente acontece nos vestiários ou no dia a dia. Na última terça-feira, em entrevista à “ESPN”, o peso-meio-pesado Anthony Smith revelou a razão pela qual seu treinador, Marc Montoya, não interrompeu a sua luta contra Glover Teixeira, mesmo vendo que o atleta estava sofrendo um castigo muito maior do que deveria na luta principal do “UFC: Smith x Teixeira”. Segundo Smith, ele estabeleceu uma regra para a sua equipe: a toalha jamais será jogada em suas lutas. Caso isso aconteça, o treinador estará demitido.

Anthony Smith diz que estabeleceu regra de demissão caso seu córner jogue a toalha em suas lutas — Foto: Reprodução / Twitter

Anthony Smith diz que estabeleceu regra de demissão caso seu córner jogue a toalha em suas lutas — Foto: Reprodução / Twitter

– Antes de tudo isso acontecer, antes de tudo mesmo, eu fiz uma escolha há muito tempo. Se alguém quiser estar no meu córner, a minha regra é a seguinte: você não parará a minha luta. Deixe nas minhas mãos, não tome a decisão por mim. Eu já disse isso a eles antes: “Se você parar a luta, se jogar a toalha, está demitido. Pode se levantar e voltar para o vestiário e pegar as suas coisas na mesma hora, porque eu não treino mais com você”.

Melhores momentos de Anthony Smith x Glover Teixeira no UFC: Smith x Teixeira

Para Smith, o poder de parar as suas lutas é do árbitro e dos médicos do evento. Na sua opinião, a sua equipe está ali para ajudá-lo a vencer os combates, e não tirar das suas mãos a oportunidade de continuar tentando vencer as lutas, mesmo que a situação esteja desfavorável a ele dentro do octógono.

– Há várias pessoas que já têm o poder de parar a luta – o árbitro e os médicos. É para isso que eles estão ali. Se o árbitro achar que a luta tem que ser interrompida, a decisão é dele. Se o médico achar que eu não posso continuar, a decisão é dele. Ele estudou para isso, se preparou a vida toda e está ganhando para tomar a decisão de parar ou não uma luta. Eu pago o meu córner para me ajudar a vencer lutas. Não preciso que eles fiquem se preocupando com quanto eu estou me lesionando ali. O meu estilo de luta me deixa machucado algumas vezes, e é assim mesmo. Na maioria das vezes eu consigo me recupera e vencer, mas em outras, não. Algumas vezes o tempo acaba, em outras a luta é muito dura para mim. Mas não preciso dessas preocupações no meu córner. Não quero ter na cabeça, enquanto estou apanhando, que meu córner pode jogar a toalha a qualquer momento e não me dar a oportunidade de continuar a tentar vencer.

Glover Teixeira nocauteou Anthony Smith no quinto round do UFC em Jacksonville — Foto: Getty Images

Glover Teixeira nocauteou Anthony Smith no quinto round do UFC em Jacksonville — Foto: Getty Images

Na luta contra Glover Teixeira, Anthony Smith sofreu um duríssimo castigo na parte final da luta, principalmente no quarto e no quinto rounds, quando já não conseguia atacar o brasileiro, e a grande maioria da imprensa e dos próprios lutadores do UFC, além do próprio Dana White, criticaram o árbitro Jason Herzog e o córner de Smith por não terem interrompido o combate mais cedo.

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