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Anderson humilha Sonnen com nocaute no segundo round

Anderson Silva e Chael Sonnen se encaram após a pesagem do UFC 148 Foto: Divulgação

LAS VEGAS – Anderson Silva prometera que Chael Sonnen iria apanhar muito. Dito e feito. Depois de ser dominado pelo adversário no primeiro round, o brasileiro nocauteou o americano no segundo round, vencendo a luta de encerramento do UFC 148, em Las Vegas. Foi a décima vez que o maior lutador da história do UFC defende seu cinturão dos pesos médios.

Anderson Silva entrou no octógono vestindo uma camisa do Corinthians. Ao fim da luta, vestiu uma faixa de campeão da Libertadores.

No primeiro round, Sonnen conseguiu levar Anderson Silva ao chão, mas sem golpes contundentes. O brasileiro não se intimidou e, no início do segundo round, partiu pra cima do adversário e chegou ao nocaute.

– Este é o melhor esporte do mundo. Nós trabalhamos duros para vocês. Chael lutou contra mim, eu contra ele. Ele desrespeitou meu país, mas é isso aí – disse Anderson Silva, ainda no octógono.

Ao fim da luta, o brasileiro fez questão de chamar o adversário ao centro do octógono e apertar sua mão. E o convidou para um churrasco em sua casa.

Sonnen, por sua vez, se limitou a dizer:

– Ele me pegou com um bom soco e no chão me deu com uma boa joelhada. O resto vou ter que ver no VT.

Ao descer do octógono, o campeão dos pesos médios concedeu uma entrevista ao Canal Combate:

– O coração está bem, dá pra ficar uns cinco anos. Ele (o Sonnen) tem os méritos dele, ele treina a vida inteira botar pra baixo. Fez bem o jogo dele (no primeiro round). Dessa vez eu estava sem lesão. Muito bom defender o cinturão e e honrar o Brasil. Fizemos tudo para dar alegria ao povo brasileiro que está aqui e os que estão vendo pela tv. Agora é férias, vou cuidar da família.

A luta do século foi acompanhada de perto por Ronaldo, Kaká, Júnior Cigano, Kobe Bryant, LeBron James e Frank Lampard, além de cerca de cinco mil brasileiros entre as 16 mil pessoas que lotaram o MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Outros lutadores brasileiros presentes no evento receberam o apoio das arquibancadas, seja com gritos de “Brasil” ou “Eu sou brasileiro…”. Quando o telão da arena exibe vídeos com declarações de Anderson e Sonnen, o estádio vai à loucura, com parte dos torcedores vaiando e outra parte aplaudindo as provocações trocadas entre os lutadores nas últimas semanas. Sobram ainda ofensas para Sonnen.

No card principal, Demian Maia conseguiu levantar a torcida brasileira. O lutador que estreia na categoria meio-médio nocauteou Dong Hyun Kim em 47 segundos. O sul-coreano foi derrubado e caiu com a cabeça na grade. Ele não teve chance de se defender dos golpes do brasileiro e o juiz interrompeu a luta aos 47 segundos do primeiro round.

– Signinfica muito vencer porque eu estava tendo problemas no meu treinamento. Eu estava tentando trazer muito meu jiu-jitsu de volta, então, concentrei todo meu treino em quedas; Foi isso que me trouxe para esse nível e me ajudou nesta noite – afirmou o brasileiro.

Apesar da expectativa de que cinco mil brasileiros estejam entre os 16 mil presentes, foram os americanos que gritaram mais alto em uma luta entre representantes dos dois países. Com apoio da torcida, que cantou “USA, USA”, o peso leve Melvin Guillard venceu o carioca Fabrício “Morango” Camões por decisão unânime dos juízes (30-27, 30-27 e 30-27).

– Estou chateado porque sempre quero pisar no octógono e venceu. Meu erro foi deixar a decisão ir para os juízes. Achei que foi uma boa luta e consegui chegar às minhas posições – disse Morango ao término do combate.

Tito se despede com derrota

Em sua luta de despedida das lutas profissionais, Tito Ortiz entrou no octógono ovacionado pelo público. Pela manhã, ele entrou no Hall da Fama do UFC. A luta foi a terceira contra Forrest Griffin. Nas duas anteriores, cada um levou a melhor uma vez, sempre em decisões divididas dos juízes. Mais uma vez a luta teve contornos emocionantes e Forrest Griffin venceu com a decisão unânime dos juízes (29-28).

Ao final da luta, antes do anúncio do vencedor, Griffin deixou o octógono e foi em direção aos vestiários, mas Dana White, presidente do UFC, correu para buscá-lo e trazê-lo de volta ao palco da luta. Quando a decisão foi anunciada, os torcedores vaiaram muito. Em uma cena curiosa, Griffin tomou o microfone e entrevistou Tito Ortiz, elogiando seu rendimento na despedida da carreira.

Rafaello Trator anima torcida

Na primeira luta da noite, entre o brasileiro Rafaello “Trator” Oliveira e o cubano Yoislandy Izquierdo, a torcida brasileira já marcou presença ao gritar “Brasil, Brasil”. Com apoio do público, o brasileiro venceu a luta do card preliminar por decisão unânime dos juízes (29-28). Foi a segunda vitória do brasileiro em seis lutas no UFC.

– Foi incrível. Estava vindo de duas derrotas seguidas e tinha um pouco de pressão – afirmou Rafaello Trator. – Agora só quero ficar com saúde e curtir minha família.

Outro brasileiro na noite, o peso leve Gleison Tibau não teve a mesma sorte. O russo Khabib Nurmagomedov manteve sua invencibilidade em 18 lutas profissionais de MMA e venceu o potiguar na decisão unânime dos juízes (30-27).

– Eu tive uma luta difícil. Ele controlou um pouco mais próximo à grade. Então, em muitos momentos foi difícil sacudí-lo – lamentou Tibau.

Antes disso, na segunda luta da noite, também entre pesos leves, Shane Roller venceu John Alessio por decisão unânime dos juízes (29-28). O primeiro momento de euforia do público na noite aconteceu no terceiro round da terceira luta da noite, quando o japonês Riki Fukuda socou Constantinos Philippou, do Chipre, e o acertou nos olhos com os dedos. A luta foi interrompida e, na volta, Philippou foi ovacionado pela plateia. Ele venceu por decisão dos juízes (30-27, 30-27 e 29-28).

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