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Acusado de morte de embaixador grego conta, em novo depoimento, detalhes da participação da embaixatriz no crime

Em novo depoimento prestado nesta semana à polícia, Eduardo Moreira Tedeschi de Melo, um dos três presos acusados do assassinato do embaixador grego Kyriakos Amiridis, deu novos detalhes da participação da embaixatriz Françoise de Souza Oliveira no crime. Eduardo foi levado do Complexo de Gericinó à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) na última terça-feira. No depoimento, ele aponta que Françoise e seu amante, o soldado PM Sérgio Gomes Moreira Filho — que é primo de Eduardo —, estavam em contato, por telefone, enquanto o crime era cometido, na casa que o embaixador mantinha em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

De acordo com o novo relato de Eduardo, ele teria sido convidado por Sérgio para “dar uma surra” num homem que agredia mulheres. Ele afirmou que não sabia de quem se tratava, só que seria um “empresário”. Françoise não estava na casa quando a dupla chegou. Eduardo diz que não viu o momento em que o PM matou o embaixador e que, quando entrou na casa, viu o corpo do embaixador no sofá. De acordo com o relato, desde que os dois chegaram na casa, Sérgio usava o celular e o aplicativo WhatsApp para falar com alguém.

Sérgio e Eduardo chegam no local do crime

Para agentes da DHBF, no depoimento, Eduardo sinaliza que Sérgio e Françoise se falavam durante o cometimento do crime pois, segundo o relato, antes da chegada da embaixatriz à casa, o PM ordena que ele se esconda no banheiro, porque a mulher do embaixador estava a caminho. Eduardo e Françoise não se conheciam até então.

Do banheiro da casa, Eduardo afirma que ouviu a embaixatriz chegar à casa com uma criança. Momentos depois, o PM teria pedido para que ele saísse do banheiro para ajudar a desovar o corpo. É nesse momento que Françoise percebe a presença de Eduardo na casa. De acordo com o depoimento, ela perguntou se Eduardo “é de confiança”. Sérgio respondeu que sim, pois é seu primo. Françoise então promete a Eduardo que se ele não falasse nada sobre o que aconteceu, daria R$ 80 mil a ele.

Eduardo, Françoise e Sérgio estão presos há um mês. A prisão temporária dos três foi prorrogada pela Justiça no último dia 30. Sérgio e a embaixatriz também foram levados à DHBF para novos depoimentos nesta semana, mas optaram por permanacer em silêncio.

Amiridis:
Amiridis: Foto: Marcos Correa / AP / 25.05.2016

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