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O industriário Cristian Silva Souza, acusado de atropelar e matar o garoto Mateus Alves Gomes, de quatro anos, durante uma procissão, no bairro de santo antônio, na zona Oeste de Manaus, em 2010, foi condenado, nesta sexta-feira, pelo Júri Popular do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), a 31 anos de reclusão, por homicídio doloso.
A defesa Cristian ainda recorreu ao TJAM para tentar impedir que o processo fosse a júri popular, mas o pedido foi negado pela corte de desembargadores.
A decisão pela condenação é inédita, pois trata-se do primeiro acidente de trânsito com vítima fatal levado ao Tribunal do Júri. Pela análise da Justiça, ao dirigir bêbado, o industriário assumiu o risco de matar.
O garoto Matheus estava na calçada da casa da avó, assistindo ao evento religioso, quando foi colhido pelo carro de cristian, que, embriagado e em alta velocidade, dirigia o carro dele em marcha ré.Ao tentar dar um “cavalo de pau” no meio da procissão, ele acabou perdendo o controle do veículo e matando matheus.
Durante o julgamento, o réu disse que não teve intenção de matar ninguém. Disse, ainda, que passou o dia em um balneário e, no fim da tarde, foi ao Santo Antônio buscar um amigo, quando ocorreu a fatalidade.
De acordo com o 2º parágrafo do artigo 121, do Código Penal Brasileiro e 306 da Lei 9.503/97 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o industriário pode pegar uma pena que varia de 12 a 30 anos de reclusão.
Cristiam Souza vai aguardar o julgamento da apelação em liberdade, porque jurisprudências de tribunais superiores garantem o benefício. Ao fim de sessão, a defesa dele anunciou que vai solicitar acesso à sentença na 1ª Vara do Tribunal do Júri para começar a trabalhar na apelação.
