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Ações de combate ao sarampo impedem avanço da doença na capital, diz Prefeitura de Manaus

Pela primeira vez, Manaus não registra novos casos da doença, em relação ao boletim anterior, divulgado no dia 17 de setembro. É o que informa o 29º Informe Epidemiológico de Monitoramento do Sarampo, divulgado nessa segunda-feira (24/9), pela Prefeitura de Manaus.

O número se mantém em 906 casos confirmados no 28º Informe. Já os casos ainda em investigação, aguardando resultado laboratorial, passaram de 6.388 para 6.508 e os descartados de 396 para 430 casos.

O prefeito Arthur Virgílio Neto, destaca que foram utilizadas todas as ferramentas possíveis para criar uma barreira de proteção, o que para o sarampo, por ser altamente transmissível, é algo mais complexo. As equipes foram treinadas e reforçadas para oferecer vacinas nas escolas, de porta em porta e locais de grande concentração de pessoas. Foi uma grande mobilização para chegar a esse momento, o sarampo ainda não foi erradicado em Manaus, mas está no caminho certo.

A vacina contra a doença segue disponível para pessoas na faixa etária de seis meses a 49 anos em todas as salas de vacinação do município. O secretário municipal de Saúde (Semsa), Marcelo Magaldi, ressalta que os dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) mostram que a secretaria já administrou 741.624 doses de vacinas.

A vacina é a única forma de prevenção ao sarampo e a população deve fazer a sua parte, procurando uma das 183 salas de vacina no município de Manaus, ou não será possível eliminar o surto da doença.

O número de vacinas já aplicadas inclui tanto as doses da campanha contra sarampo, direcionada para a faixa etária de seis meses a cinco anos, que atingiu 106,9% do público-alvo, quanto as ações de rotina nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com primeira e segunda doses, e os trabalhos de intensificação, varreduras e bloqueios vacinais.

A lista com as 183 salas de vacina do município de Manaus está disponível no site da Semsa (http://semsa.manaus.am.gov.br).

Conforme a diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae/Semsa), enfermeira Marinélia Ferreira, mesmo sem a confirmação laboratorial, todos os casos notificados como suspeitos passam pela investigação epidemiológica, onde é feita a avaliação clínica e executada as ações de controle e prevenção.

O sarampo é uma doença altamente transmissível, podendo ocorrer o contágio por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O período de transmissão ocorre de quatro a seis dias, antes do surgimento do exantema (manchas vermelhas na pele), que é quando o paciente começa a suspeitar que está com a doença, e vai até quatros dias após o desaparecimento desse sintoma. Por isso, é essencial atuar em todos os casos suspeitos e executar as ações de controle e prevenção, inclusive com a investigação dos contatos do paciente no período de transmissibilidade, como amigos, familiares e colegas de escola ou trabalho.

De acordo com o 29º Informe Epidemiológico, desde o mês de fevereiro, quando os primeiros casos foram registrados, Manaus conta com 7.844 notificações de sarampo, sendo 906 confirmados, 430 descartados e 6.508 em investigação.

Entre todas as 7.844 notificações de sarampo, que abrangem também os novos casos suspeitos, 26,8% estão na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida da faixa etária de 15 a 19 anos (23,5%), de 30 a 49 anos (15,4%) e menores de um ano (14,3%).

Entre os 906 casos confirmados, a faixa etária mais atingida é a de menores de um ano (24,5%), seguida das faixas de 20 a 29 anos (19,9%) e de um a cinco anos (19,8%), e de 15 a 19 anos com 13,8% do total de confirmações.

Por território, o Distrito de Saúde Norte (Disa Norte) ainda apresenta o maior número de notificações com 35,8% do total. O Disa Leste vem em seguida com 32,6%, Disa Sul com 17,6%, Disa Oeste com 12,8% e Disa Rural com 1,1%.

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