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A lição que ficou de 88

Amazonino Mendes era governador em 88 e Gilberto Mestrinho aguardava seu retorno ao governo. Morava no Rio e de vez em quando aparecia em Manaus. Toda vez que o “velho Boto”aparecia, era um rebuliço na política local. A presença do Boto ofuscava o governo de Amazonino. Atiçado pelos aliados que estavam fora do governo, Gilberto resolveu ser candidato a prefeito. Amazonino tinha que apoiá-lo.

O Palácio Rio Negro, na Sete de Setembro, era a sede do governo. A Prefeitura de Manaus, ficava na Praça Dom Pedro, no comecinho da Sete de Setembro.

O fluxo da Avenida Sete de Setembro, era no sentido Prefeitura para o Palácio. Na época, aliados de Gilberto Mestrinho começaram a espalhar que o após a vitória dele, Amazonino teria que mandar o Detran inverter esse fluxo para que ele fosse despachar diariamente na Prefeitura. O que se pretendia mostrar era que Mestrinho ainda mandava no pedaço,  era o chefe. Aquilo era uma forma de diminuir a autoridade do governador da época.

Hoje, os fatos se repetem. O senador Eduardo Braga (PMDB), com saudades da caneta que nomeia e gasta, quer vir disputar a Prefeitura de Manaus. Com a candidatura nas ruas, Omar Aziz terá que apoiá-lo por questão de lealdade.

A sorte de Omar é que a Avenida Brasil tem mão dupla e não será necessário fazer inversão de fluxo.

NOTA DO BLOG: Apenas para informar aos mais jovens: Gilberto veio ser candidato e perdeu a eleição para Arthur Neto. Uma derrota surpreendente do Gilberto e uma vitória inimaginável para Arthur.

5 Comentários para “A lição que ficou de 88”

  1. Lourenço Mestrinho disse:

    Ótima lembrança, lembro que ainda em uma entrevista para a playboy em 1992 perguntaram sobre essa derrota ao Professor, e ele falou que foi uma derrota da arrogancia e assim aprendeu a lição. Tanto é que depois do terceiro governo nao interferiu na administração local o promoveu grandes rompimentos. A historia pode até se repetir, mas o Professor quando perdeu a eleição agradeceu os votos e desejou sorte ao Artur e uma coisa que aprendi com ele que é totalmente desnecessario levantar o tom de voz para resolver os problemas.

  2. elias nilo disse:

    vinte dois anos depois nada mudou….os governantes barés não tem comprometimento com o povo e sim com seus projetos pessoais.
    e em relação a artur vale o ditado popular um raio não cai duas vezes no mesmo lugar………..

  3. Tio Leso disse:

    Ronaldo de um episódio eu não esqueci: estava em uma audiência com o Amazonino em 1995 e o Braga por volta das onze horas da manhã é chamado em palacio (naquela época na Torquato hoje sede da FVS) para, como prefeito, resolver um problema sobre uma invasão de terra. Quando o Braga chega e já era quase uma hora da tarde ( todo de camiseta de dormir amarrotada e a cara toda amassada com os olhos cheios de remela) adentra o gabinete e o Mazoca com sua peculiar educação saca: ” porra Dudu já vem com desculpa que dormiu tarde e tá com enxaqueca? Senta aí e vamo trabalhar que Manaus tá uma merda”. O Braga de sorriso amarelo senta pede uma água e disfarça seu vassalismo.

  4. Ronaldete disse:

    Ronaldo, bom dia! Que saudades do Professor, do Peres…. Não esqueço o que fizeram com o Gilberto na última eleição, elegendo o Alfredo para Senador, e olha o cenário que temos aí; Espero que dessa vez o povo não cometa o mesmo erro. Mas, ainda temos o Arthur! Estamos te esperando meu Nobre Senador.

  5. Paul disse:

    A lição que ficou é que temos um grupo de farofeiros e sanguessugas há mais de 30 anos no poder e que o povo não se manca, é tão corrupto quanto esse povo que é eleito.

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