Psicóloga alerta sobre os riscos do uso da internet por crianças sem a supervisão rígida dos pais


O uso do celular cada vez mais cedo por crianças tem causado preocupações aos pais e educadores, que precisam estar atentos às mensagens que os filhos trocam. O alerta é da psicóloga Shyrllene Soares, que orienta: é preciso observar a idade antes de dar um smartphone a uma criança.

“Qual o objetivo de dar um smartphone p’ra criança? É pra bincar, p’ra joguinhos? Se for p’ra joguinhos, de repente, um tablet bloqueado, só pra Youtube Kids e p’ra baixar alguns joguinhos com a supervisão dos pais talvez seja muito mais seguro.”

E, principalmente, ficar atento aos conteúdos acessados por elas.

“Tem que ser com supervisão. Colocar o horário de uso no horário em que os pais estão em casa, supervisionar o que essa crianças está mexendo e, o que eu costumo dizer p’ros pais, principalmente pros pais de pré-adolescentes, é que criança, pré-adolescente e até adolescente mesmo, não têm direito à privacidade, porque eles não têm maturidade pra isso.”

Na última semana, circulou na “rede” uma imagem lúdica que ensinava como a criança pode se enforcar, a exemplo do que já ocorreu outras vezes com o desafio da ‘baleia azul’, que estimulava a criança e se mutilar. A especialista explica como deve ser tratado esse tipo de assunto em casa.

“O ideal é falar de forma leve, não com muito terrorismo, mas falar de forma clara, aberta, poque as crianças, quando os pais pensam que elas não entendem nada, elas já entendem muito além. Então, tem pais que colocam pânico na criança, fazem todo um terrorismo e, às vezes, ao invés de ajudar, acabam piorando bastante!”

O conteúdo divulgado na semana passada chegou às mãos de crianças indefesas como um menino na comunidade lago azul, no bairro Santa Etelvina, zona Leste de Manaus, que, no dia seguinte, foi encontrado morto ainda de farda, dentro de casa. A cena dramática repetia a imagem espalhada pelos grupos.

A criança de 7 anos estudava na unidade 7 do colégio da Polícia Militar do Amazonas, que suspendeu as aulas na sexta feira (13), em solidariedade à família O histórico escolar do menino era considerado bom e  ele era muito elogiado e querido nas redes sociais.

A psicóloga Shyllene Soares explica que qualquer criança, independente do tipo de comportamento, pode ser atraída por imagens lúdicas.

“Às vezes, a criança pode ‘tá’ saudável, mas ela pode entrar numa brincadeira com o essa pelo simples desafio de ‘tá vendo como eu dou conta (?); tá vendo com o eu sou forte (?); tá vendo como eu posso mais(?)… então às vezes, ela entra por brincadeira, mesmo; ou às vezes, ela é muito impulsiva e diz, ‘ah, eu fazer p’ra ver o que que acontece, e aí vai lá pela impulsividade, ou, às vezes, é uma criança deprimida e fala: ‘ah, é uma ideia.”

 

Acompanhe muito mais nesta segunda-feira (16), no Manhã de Notícias, às 7h30, na Rede Tiradentes de Rádio e Televisão.

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