Promotor que julgaria “Caso Deusiane” se diz impedido e adia julgamento

O julgamento do “Caso Deusiane” previsto para ocorrer na manhã desta terça-feira (8) no Fórum Central dos Juizados Especiais Desembargador Mário Verçosa, foi adiado em função de o promotor do caso se julgar suspeito por conhecer a advogada de defesa da família.

O promotor de Justiça do 17º Juizado Especial Criminal Roy Malveira Guimarães, informou que não tinha conhecimento sobre a identidade da advogada de defesa da família de Deusiane, mas, ao ver que se tratava de uma conhecida dele, resolveu não fazer parte do julgamento do caso, pelo fato de se sentir suspeito.

Para a advogada Martha Gonzales, o fato de conhecer o promotor não atrapalharia o julgamento. “Já trabalhamos juntos, mas creio que isso não iria atrapalhar de forma alguma o processo somos profissionais”, disse a advogada.

A irmã da vítima, Claudete Pinheiro, lamentou que não tenha ocorrido o julgamento. Segundo ela, isso só atrapalha o caso e fica com um ar de impunidade. “Isso é um descaso com a minha família. Esse homem é um assassino, tem de ser preso, não sabemos mais o que fazer”, disse.

O cabo da Polícia Militar Elson Santos de Brito, acusado pela família de ser o autor da morte da soldado, esteve no fórum acompanhado do advogado, mas preferiu não se pronunciar.

O caso será encaminhado novamente ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), que apontará um novo promotor para o processo.

Até o momento não há previsão para um novo julgamento.

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