Projeto estuda diretrizes para criar aplicativos voltados a Autistas

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Um projeto de pesquisa no âmbito do Programa Estadual de Atenção à Pessoa com Deficiência (Viver Melhor/Pró-Assistir), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), está realizando experimentos com crianças autistas a fim de criar um aplicativo com diretrizes que rejam e guiem pessoas que forem desenvolver softwares para esse público.

O estudo é desenvolvido pela professora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) Áurea Hiléia Melo, que entrevistou crianças do Instituto do Autismo e do Instituto Mãos Unidas Pelo Autismo (Mupa), ambas em Manaus. A essência do projeto é identificar características dos autistas para saber se são mitos ou não e, assim, nortear as diretrizes do aplicativo.

“Esse projeto é um processo para auxiliar pessoas a desenvolver interfaces de software de qualquer produto para autistas, baseadas em um conjunto de recomendações. É um processo colaborativo, visto que ele não se limita somente a mim, que estou desenvolvendo, mas a outras pessoas que tiveram outras experiências poderão agregar seus conhecimentos ao programa”, explicou Áurea.

As diretrizes serão disponibilizadas em uma plataforma web, em que as pessoas poderão consultar a qualquer hora. A plataforma contará, ainda, com um classificador, que é um informativo mostrando o tipo de guia que a pessoa está acessando, se guia de layout, ou guia para desenvolvimento cognitivo, por exemplo.

Segundo Áurea, essas diretrizes serão desenvolvidas de acordo com os resultados dos experimentos realizados com as crianças autistas. Três testes já foram feitos: um no Instituto do Autismo e os outros dois no Mupa e observou-se que as crianças eram atraídas por objetos circulares e de cores mais fortes.

“Apesar dos experimentos terem sido feitos com uma amostra pequena, porque é difícil encontrar um grupo grande de crianças autistas, nós conseguimos bons resultados que nos ajudarão a elaborar as diretrizes para o aplicativo. Com esses resultados, além de sabermos que no aplicativo deve conter formas circulares e cores chamativas, nós também observamos outros fatores que influenciarão na elaboração do programa”, adiantou a pesquisadora.

Outra situação colocada em teste durante as entrevistas com as crianças foi a escolha entre foto e desenho e se deu pelo fato da dificuldade de interação dos autistas. De acordo com a professora, o teste quis identificar se a criança, ao ver uma foto de uma pessoa e ao ver um desenho, qual a agradaria mais, e o resultado foi o desenho, que mesmo em formato de pessoas, as crianças o escolhiam, pois o desenho os agradava mais que a foto.

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