Professores do Amazonas decidem continuar com greve por reajuste de salários. Governo diz que está aberto ao diálogo.

Apesar da decisão judicial que suspende a greve e autoriza a Secretaria de Estado da Educação (Seduc-AM) a descontar as horas paradas nos salários dos professores, a categoria decidiu seguir com o movimento grevista pelo reajuste de 15%.

Mesmo com o tempo chuvoso da manhã desta segunda-feira (15/4), que obrigou o uso de guarda-chuvas, parte dos participantes do movimento se reuniu em ato de protesto, na Praça da Polícia, Centro da capital.

As aulas foram suspensas em algumas escolas na capital e do Interior. A classe promove ato de protesto também na tarde de hoje. Até esta manhã, o governo havia oferecido contraproposta de 3,89%.

De acordo com o professor Jonas Araújo, da coordenação do movimento, as caravanas de professores ainda estão se dirigindo de todas as zonas da c idade para a área central, onde deverão fic ar concentrados.

De acordo com Jonas Araújo, cerca de 90% das escolas estão paradas e na capital e no Interior.

A Seduc-AM tem cerca de 30 mil professores.

No início da tarde, a Secretaria divulgou Nota sobre a negociação  com os professores. Confira:

 

Nota

O Governo do Amazonas informa que tem se mantido aberto ao diálogo com os representantes dos servidores da área de educação e que a decisão da Justiça, que atende um pedido da Procuradoria Geral do Estado (PGE) em relação ao indicativo de greve de entidades sindicais, tem como objetivo assegurar o funcionamento da rede estadual de ensino e não prejudicar os 420 mil alunos que hoje são atendidos pela rede.

Nas negociações com a categoria, o Governo do Amazonas, que em janeiro honrou com o pagamento de 9,38% da data-base de 2016, tem apresentado propostas e possibilidades do Estado em relação às reivindicações dos trabalhadores da educação e já assegurou a eles o pagamento de 3,93% referente à data-base de 2019, assim como fez com os servidores da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e delegados da Polícia Civil.

Em razão da situação fiscal do Estado, a Lei de Responsabilidade Fiscal limita a reposição da data-base ao índice de inflação acumulado nos últimos 12 meses, impedindo a oferta de percentuais maiores de reajuste.

Para os trabalhadores da educação, além do cumprimento da data-base, o Estado apresentou a proposta de pagamento das progressões horizontais por tempo de serviço, garantindo mais 2% de reajuste para 22 mil profissionais da educação. Além disso, propôs o pagamento das progressões verticais por qualificação que podem representar ganhos de 12%, 50% e 55%. As duas propostas foram apresentadas como uma alternativa para garantir ganhos reais aos servidores da educação.

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