Cinquenta (50) professores indígenas da Secretaria Municipal da Educação (Semed) participam, desde esta segunda-feira (27), em Manaus, de um curso de formação no processo da alfabetização que os qualificará a repassar ao aluno o programa escolar respeitando a língua materna. O curso está sendo realizado em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi/MEC).
Com o tema “Alfabetização e Letramento”, a formação acontece até a próxima sexta-feira, 31/3, na Escola Municipal de Educação Especial André Vidal de Araújo, Parque Dez, zona Centro-sul.
Esta é a segunda turma da formação “Ação Saberes Indígenas na Escola” e a primeira a ser realizada em 2017. Outros quatro encontros estão previstos para serem realizados neste ano.
Segundo o coordenador da Gerência Escolar Indígena da Semed, professor Rossini Maduro, a ação tem como objetivo promover a formação continuada de professores indígenas no processo da alfabetização, respeitando a língua materna.
“Neste módulo vamos reunir professores e líderes indígenas para oferecer uma formação continuada, visando, principalmente, às metodologias usadas em sala de aula”, explicou o coordenador da Gerência Escolar Indígena da Semed, professor Rossini Maduro.
A secretaria possui, atualmente, quatro escolas indígenas localizadas no Rio Negro e no Rio Cuieras, além de 18 espaços culturais em Manaus, onde o professor trabalha a parte diversificada do currículo, como o ensino da língua materna e outros saberes tradicionais. Para a professora indígena, Edinay Moraes, que atua no espaço cultural do bairro Grande Vitória, zona Leste, e trabalha com mais de 20 alunos, entre 5 e 12 anos, a formação possibilita novos conhecimentos e a troca de experiências.
“A metodologia que utilizamos com os nossos alunos é diferenciada. A gente trabalha com todo tipo de etnia e esse é um momento de aprendizagem muito importante. Estou participando, pela segunda vez, e pra mim é de grande valia. Vejo isso no ensino repassado aos meus alunos”, explicou.