A falta de Segurança nos rios, que, somente no ano passado, resultou em mais de R$ 100 milhões em prejuízos para os donos de embarcações e passageiros, por causa de assaltos dos piratas do rio, conhecidos como “barrigas d’água”; a desmobilização da Base Anzol, que funcionava no alto Solimões; o baixo efetivo do  Batalhão Fluvial da Polícia Militar (BFPM), que não é suficiente para atender o Estado de mais de 1,5 milhão de quilômetros quadrados; a forma “desumana” como os passageiros embarcam e desembarcam na área portuária de Manaus.

Esses e outros problemas referentes ao sistema de navegação fluvial e portos do Amazonas, principalmente a falta de segurança que afeta empresários e usuários, serão debatidos em uma e audiência pública, marcada para o dia 20 de março, na Assembleia Legislativa do Estado, a pedido do deputado Sinésio Campos (PT).

Esta semana, o parlamentar petista ocupou o plenário, no horário do pequeno expediente da Aleam, para falar das dificuldades enfrentadas no dia a dia pelo setor, e cobrou providências ao poder público. Ele classificou a situação como grave.

Segundo Sinésio, os piratas assaltam principalmente as embarcações que transportam combustíveis e mercadorias, e levam pertences dos passageiros como celulares, relógios e outros objetos de valor, em total desrespeito à população, que não tem os prejuízos ressarcidos.

– (terminal de Coari, usado para escoar gás de Urucu, da Petrobrás, é ponto crítico Foto: Fábio Motta/Estadão) – 

Para o deputado, o setor precisa ser visto de forma diferenciada pelos governantes. Sinésio defende que tanto usuários quanto empresários que atuam no setor sejam urgentemente socorridos pelo Estado, que deve marcar maior presença nos rios da Região.

O requerimento que formalizou o pedido de realização do evento já foi apresentado e a audiência está marcada para o dia 20 de março.