‘Primeira Infância Manauara’ pretende estimular potenciais de crianças na primeira infância, com efeitos em todas as fases da vida

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Com o crescimento das populações em todo o planeta, devido a fatores como as melhorias da saúde e consequente aumento da expectativa de vida e da constante preocupação com a qualidade de vida, decorrente da crescente consciência política, cada vez mais, as populações dos chamados grandes centros e até mesmo das periferias, em todo o mudo, reclamam e exigem, cada vez mais, aos seus governantes e administradores, políticas públicas capazes de atingir um número cada vez maior de pessoas, em todas as faixas de idades. Isso não é diferente, em Manaus.

De acordo com IBGE 2013, na capital do Amazonas, a população de crianças com idade 0 a 9 anos é de 339. 334 e os adolescentes somam 367.865, totalizando uma população de 707. 199 pessoas.

Segundo a prefeitura da capital, a interação de políticas públicas de saúde da criança e adolescentes está garantindo mais qualidade de vida para os pequenos manauaras, desde os primeiros momentos da gestação até a pré-adolescência. As ações da Semsa são prioridade durante o pré-natal.

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Para esse público infantil, afirma o secretário Homero de Miranda Leão Neto, os programas desenvolvidos pela Secretaria Municipal da Saúde (Semsa), começam pela saúde da mulher – quando a criança é acompanhada ainda no ventre da mãe -, passa pela primeira infância, nas áreas de nutrição, saúde bucal, atenção psicossocial, continua na escola e alcança a fase mais madura do pequeno cidadão.

Um dos mais novos projetos voltados para crianças na rede municipal envolve a iniciativa privada e instituições internacionais como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), e já foi implantado este ano, no bairro Mauazinho, zona Leste da cidade.

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Trata-se do ‘Primeira Infância Manauara’, que pretende estimular o desenvolvimento dos potenciais de crianças na primeira infância (0 a 6 anos), com efeitos positivos durante a infância, adolescência, juventude e por toda a vida adulta.

Outra ação que, segundo a Semsa, está contribuindo para a saúde dos pequenos, é a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB), com reforço e estímulo à promoção do aleitamento materno e alimentação complementar saudável para crianças menores de dois anos de idade.

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Os benefícios para a saúde da criança, o médico Homero de Miranda Leão, são desde a prevenção de doenças, infecções, desnutrição e deficiências de ferro, zinco e vitamina A, além de reduzir as chances de desenvolver obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis que podem ocorrer posteriormente.

Ainda na área nutricional, afirma, as crianças contam com os benefícios do programa Leite do Meu Filho. Criado em 2011 e, a partir de 2013, o serviço passou por um processo de qualificação, com o aumento da faixa etária do público alvo de três para cinco anos de idade, garantindo a ampliação do cadastro dessas crianças – que também passou a exigir como pré-requisito a vulnerabilidade social confirmada, para isso é necessário que a família esteja no Programa Bolsa Família.

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O acompanhamento periódico dessas crianças é de, no mínimo, uma consulta de crescimento e desenvolvimento realizado na Unidade Básica de Saúde mais próxima da casa de cada criança a cada três meses.

A Semsa possui um sistema de informação, criado pelo próprio órgão, que permite que o profissional de saúde daquela unidade em que a criança é referenciada ou mesmo o profissional no distrito de saúde, tenha acesso e faça o monitoramento da evolução e do desenvolvimento de cada criança do programa.

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Habilidades motoras, habilidades cognitivas, risco nutricional, risco de desenvolvimento são apontados no sistema para garantir uma atuação de forma precoce junto à criança.

Em relação à saúde bucal das crianças, a Semsa oferece desde o atendimento básico, tendo início no pré-natal odontológico, a tratamentos mais complexos, realizados nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs).

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Estes oferecem serviços em odontopediatria (prioritariamente para tratamento de canal de dentes decíduos) e ortodontia preventiva na faixa etária entre seis e 11 anos. Em 2015, foram realizados 600 e 1.564 procedimentos, respectivamente.

A equipe de saúde bucal, premiada em nível nacional pelo Conselho Federal de Odontologia, ressalta que a falta de cuidados com a saúde bucal nas idades mais precoces pode acarretar, além de prejuízos estéticos, dores, tratamentos dentários prolongados, traumas e problemas funcionais como dificuldades na fala e mastigação, alterações no desenvolvimento da face e má oclusões.

Pode, também, afetar as relações interpessoais, interferindo nesta fase importante que é a infância, na qual o sorriso é uma das principais características.

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O Programa Saúde na Escola (PSE) promove os bons hábitos no ambiente escolar. Dentistas da Semsa realizam atividades coletivas, de cunho educativo e preventivo, e atendimentos clínicos, quando necessário. Atualmente são 143 escolas atendidas, incluindo creches, centros municipais de Educação Infantil e Ensino Fundamental.

O PSE vincula cada unidade de ensino a uma UBS e de maneira sistemática, durante todo o ano, realiza outras ações de saúde como atualização de vacinas, exame de pele, campanha de combate a verminoses (geomintíase) e, em parceira com o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), atendimento oftalmológico.

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Este último começa na sala de aula, por meio do Exame de Snelel, que detecta os estudantes que necessitam de consulta com os oftalmologistas na Unidade Móvel, que é deslocada até a unidade. Para os casos em que o uso de óculos são prescritos, lentes e armações são fornecidos pelo HUGV.

Na área da saúde mental, as famílias manauaras buscam apoio no Centro de Atenção Psicossocial Infanto juvenil (CAPSi) para os cuidados com as crianças. No Centro, são acompanhados pacientes com idade entre 3 e 18 anos incompletos, com transtornos mentais graves e persistentes, autistas ou com problemas relacionados ao uso abusivo de álcool e outras drogas. Desde o início das atividades, em abril de 2002, já passaram pelo CAPSi 4.682 crianças e adolescentes.

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A Gerente da Rede de Atenção Psicossocial, EfthimiaHaidos, ressalta que se a hostilidade e negligência parental contribuem para o adoecimento psíquico de indivíduos, por outro lado, práticas efetivas, um bom funcionamento familiar, a existência de vínculo afetivo, o apoio e monitoramento parental configuram-se como fatores protetores que podem reduzir a probabilidade de crianças ou  adolescentes desenvolverem algum tipo de transtorno mental ou envolvimento com álcool e outras drogas. 

Após a associação do zika vírus com microcefalia, com casos registrados em todo o país, Manaus se antecipou no acompanhamento dos casos em que o bebê apresenta a anormalidade, ou outras síndromes neurológicas, mantendo, em nove Unidades Básicas de Saúde (UBS), distribuídas em todas as zonas da cidade, o serviço ‘Ambulatório de Seguimento do Bebê de Risco’, que acompanha a demanda de cada paciente, para minimizar as complicações e estimular ao máximo o crescimento motor.

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