Presidiárias têm grupo em mídia social. Condenada sai para cuidar da mãe, com câncer, e tira tornozeleira para ir ao forró

As presidiárias do Amazonas trafegam nas mídias sociais. Elas têm um grupo chamado “As nervozas do fexadao” – com a grafia esdrúxula e sem acentos – e conseguem se comunicar, entre outros aplicativos, pelo Whatsapp. Foi assim que a polícia descobriu que Andreza Rodrigues Lobo, condenada por tráfico, respondendo por assalto a banco, integrante da Família do Norte (FDN) e líder de várias rebeliões no presídio, estava descumprindo a ordem do juiz Eliezer Fernandes Júnior, que lhe concedeu prisão domiciliar. O magistrado a soltou, no dia 10/03, para que cuidasse da mãe, idosa e com câncer, mas ela deveria usar tornozeleira eletrônica e não poderia se afastar mais de 100 metros de casa. Andreza disse às amigas, no Whatsapp, que tirou o artefato e havia ido “ao de nós” (o clube Forró de Nós), onde bebeu “todas”, domingo (14/03), no aniversário de um amigo. Mostrando a fragilidade da tornozeleira empregada no sistema prisional amazonense, a presidiária chegou a enviar uma foto do tornozelo, com e sem o artefato. O trânsito pelas redes sociais, por outro lado, demonstra também que, mesmo com as revistas rotineiras, celulares do tipo smartphones continuam entrando nos presídios. Hoje (15/03), no começo da noite, uma equipe da Polícia Militar recebeu denúncia anônima de que Andreza estava no Coroado 2 e sem a tornozeleira. Eles a encontraram na rua Beira Mar, Beco Santa Cláudia, comprovando que não estava usando o artefato obrigatório. A residência da mãe dela, da qual não poderia se afastar mais de 100 metros, fica na rua Belford Roxo, no bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste. Andreza Rodrigues Lobo está de volta à penitenciária. Clique aqui e veja a decisão que a libertou.

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